Investigada pela PF, ex-mulher de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira após adquirir cidadania norueguesa

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Investigada pela Polícia Federal pela compra de uma mansão em Brasília com uso de um ‘laranja’, a advogada Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), perdeu a nacionalidade brasileira após adquirir cidadania norueguesa, de acordo com publicação do Diário Oficial da União, desta segunda-feira (6).

Segundo a Constituição Federal, o brasileiro que adquire outra nacionalidade por naturalização voluntária — ou seja, sem seguir alguns dos critérios previsto em lei — perde a condição de brasileiro.

A mãe de Jair Renan, filho do ex-presidente, adquiriu nacionalidade norueguesa, em 2011, por ter morado no país europeu após o término com Bolsonaro.

No final do ano passado, a ex-mulher de Bolsonaro deixou o Brasil sem previsão de retorno após perder a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa do Distrito Federal. Ela foi para a Noruega, país onde viveu entre 2009 e 2014.

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ex-mulher de Bolsonaro perde nacionalidade brasileira após adquirir cidadania norueguesa

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Segundo o Ministério da Justiça, ao ter se naturalizado norueguesa de forma voluntária, Ana Cristina não cumpriu com os requisitos previstos na Constituição Federal.

O ordenamento jurídico nacional admite que os brasileiros tenham dupla ou múltiplas nacionalidades apenas se a outra nacionalidade decorrer do nascimento em território estrangeiro, de ascendência estrangeira ou de naturalização por imposição”.

Durante uma investigação, a Polícia Federal identificou que a ex-mulher de Jair Bolsonaro movimentou R$ 9,3 milhões em transações financeiras entre 2019 e 2022. A soma foi possível graças à análise de de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A PF decidiu pedir a investigação porque, ao longo de uma apuração sobre o filho de Ana Cristina com Jair Bolsonaro, Jair Renan, se deparou com transações suspeitas na compra de uma mansão pela ex-mulher do presidente.

A casa, avaliada em R$ 3,2 milhões, fica em bairro nobre de Brasília. Até ano passado, a advogada morava no local com o filho, Jair Renan Bolsonaro.

As movimentações de Ana Cristina foram consideras atípicas por ultrapassarem as quantias geralmente movimentadas por ela. No período, ela recebeu, como maior salário, o valor de R$ 8 mil, de assessora parlamentar na Câmara.

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