O governo dos Estados Unidos confirmou que agentes de imigração estarão presentes no Super Bowl de 2026, marcado para 8 de fevereiro, em Las Vegas. A medida foi anunciada por Corey Lewandowski, assessor do Departamento de Segurança Interna, durante participação no podcast “The Benny Johnson Show”.
“Não há nenhum lugar onde se possa oferecer refúgio a pessoas que estão ilegalmente neste país. Nem no Super Bowl nem em nenhum outro lugar. Nós os encontraremos, os prenderemos, os colocaremos em um centro de detenção e os deportaremos”., disse Lewandowski.
Segundo Lewandowski, equipes do ICE, órgão responsável pela fiscalização migratória, vão atuar no evento. Ele não detalhou como será a operação, mas afirmou que os agentes estarão “em todos os lugares”. O assessor ainda criticou a escolha de Bad Bunny como atração do intervalo, chamando a decisão de “vergonhosa” e declarando que o cantor “parece odiar a América”.

A apresentação será a única do porto-riquenho em solo americano dentro da turnê mundial Debí Tirar Más Fotos, que começa em dezembro de 2025 e segue até julho de 2026. O álbum, lançado neste ano, foi descrito pela crítica como o trabalho mais político de sua carreira, com referências à história e à luta de Porto Rico, além de críticas às políticas migratórias dos EUA.
Em entrevista à revista I-D, Bad Bunny já havia explicado que evitava incluir os Estados Unidos em suas turnês porque temia “batidas do ICE”. A escolha dele para liderar sozinho o palco do Super Bowl representa um marco para a música latina: é a primeira vez que um artista de origem porto-riquenha, cantando majoritariamente em espanhol, será a atração principal do evento esportivo mais assistido do país.
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