A escritora nigeriana Chimamanda Adichie gravou entrevista remota para o Roda Viva, da TV Cultura, com uma bancada formada apenas por mulheres. Além da jornalista Vera Magalhães, que comanda o programa, também compõem o grupo de entrevistadoras as escritoras e pesquisadoras Djamila Ribeiro e Carla Akotirene e as jornalistas Carol Pires, Adriana Ferreira Silva e Marcella Franco. A entrevista será na próxima segunda-feira (14).
A escritora, ensaísta e assumidamente feminista Chimamanda Ngozi Adichie, nasceu em Enugu, de uma família de origem Igbo da cidade de Abba, no Estado de Anambra, mas cresceu em Nsukka, na Nigéria. Toda essa origem ganha destaque na temática dos livros escritos pela autora como Hibisco Roxo (2003), Meio Sol Amarelo (2006), No seu pescoço (2009) e Americanah (20013). As produções retratam a sociedade nigeriana, a imigração de pessoas do continente africano para os Estados Unidos e a Europa, os costumes e a religião na Nigéria, o ser mulher negras nas mais diversas formas e muitos outros temas.
Adichie chegou a estudar Farmácia e Medicina na universidade, quando ainda vivia na Nigéria, mas descobriu que queria ser escritora e decidiu mudar de formação. Ela conta que um de suas principais influências são os romancistas africanos Chinua Achebe, também nigeriano, e Câmara Laye, com quem ela se inspirou para escrever sobre africanidades.
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Em 1997, a escritora deixou a Nigéria para estudar Comunicação na Universidade Drexel, na Filadélfia. Dois anos depois, transferiu-se para a Universidade Estadual de Eastern Connecticut, onde completou o bacharelado em Comunicação e especialização em Ciência Política (2001). Ela também acumula um diploma de Mestrado em Escrita Criativa na Universidade John Hopkins.
Além das obras de ficção, a autora é famosa por suas produções sobre feminismo, imigração e sobre as questões sociais e políticas na Nigéria. Em 2009 a conferência “Os perigos de uma história única” realizada por ela no TED ganhou destaque. Chimamanda então realizou outras conferências que ao ganhar notoriedade foram da mesma forma, transformados em livros: “Sejamos todos feministas” (2012) e “Para educar crianças feministas” (2017).
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