Erika Hilton é listada pela revista Time como uma das 100 personalidades mais influentes do mundo

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Nesta quarta-feira (13), a revista Time divulgou a lista anual com as 100 personalidades mais influentes do mundo, e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está presente nela. Além da parlamentar, a deputada federal Duda Salabert também está na lista, ambas na categoria “Líderes”, assim como a ativista indígena brasileira Txai Suruí, que aparece na categoria “defensores”.

De acordo com a revista as duas primeiras parlamentares trans inspiram o mundo com suas lutas políticas. A deputada federal Erika Hilton comemorou por fazer parte da lista pela segunda vez.

É com muito orgulho que pela segunda vez faço parte da lista Time 100 de novas lideranças escolhidas pelo impacto na formação do futuro. Esse ano, ao lado de figuras como a liderança indígena Txai Suruí, e minha colega de Parlamento, Duda Salabert.É uma honra e uma responsabilidade fazer parte desse novo imaginário que representa a mudança na sociedade e na representação política“, escreveu em suas redes sociais.

A deputada Duda Salabert é a primeira trans eleita por Minas Gerais para a Câmara dos Deputados, e fez um desabafo em agradecimento ao fazer parte da lista. Ela também pontuou as dificuldades de ser uma travesti no Brasil

Ser uma travesti no Brasil significa ter uma expectativa de vida muito menor do que a média. Significa ter a prostituição, na maioria dos casos, forma única de renda. Significa ser alvo de preconceito todo dia. Estamos na luta para ressignificar tudo isso a cada dia e dizer ao mundo que existimos, somos humanas e merecemos dignidade”.

Ambas são as primeiras deputadas trans do Brasil, e integram a lista lançada anualmente pela revista norte americana /Foto: Divulgação

A Revista Times escreveu sobre a importância das parlamentares trans, e apontou a violência política que ambas têm sofrido na trajetória política. 

A ascensão política de Erika Hilton e Duda Salabert para se tornarem as primeiras mulheres transexuais no Congresso Nacional do Brasil tem sido difícil, repleta de ameaças de morte e ódio. Mas as mulheres, recentemente eleitas num país onde os indivíduos transexuais enfrentam um elevado risco de violência, não deixam que essa realidade limite as suas aspirações legislativas”, diz o texto. 

Além delas, a ativista indígena Txai Suruí também aparece na publicação, que conta que a jovem de 26 anos já possui “o tipo de credenciais acumuladas ao longo de uma vida inteira de defesa de direitos”, mencionando seus aos em favor dos direitos dos povos indígenas.

Leia a lista completa clicando aqui.

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