Entregador por aplicativo diz que foi agredido e eletrocutado por policiais durante greve da categoria em São Paulo

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Nesta última terça (14), homem negro foi agredido por policiais quando participava da greve dos entregadores por aplicativos em São Paulo.

Por Victória Henrique

A manifestação ocorrida em São Paulo (Foto: Pedro Strapasolas/Brasil de Fato)

No início desta semana, um homem negro motoboy foi agredido por policiais durante uma abordagem em São Paulo (SP). Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, o rapaz estava sendo imobilizado de forma truculenta por três agentes enquanto gritava “Eu não consigo respirar”, assim como George Floyd, que foi asfixiado e assassinado por um policial branco nos Estados Unidos no dia 25 de maio, caso que gerou atos mundiais em torno do movimento Vidas Negras Importam.

O motoboy participava de uma greve organizada pelo SindimotoSP, Sindicato dos mensageiros, motociclistas, ciclistas, mototaxistas intermunicipal do Estado de São Paulo. Entre as reivindicações levantadas pela categoria, estavam o aumento do valor por entrega e melhores condições sanitárias. Em nota, a secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a abordagem aconteceu porque o veículo do motociclista estava com a placa encoberta.

“A equipe policial deu ordem de parada e iniciou a abordagem. O motociclista ofereceu resistência, sendo contido”, diz o comunicado.

Em outra gravação publicada na internet, o motoboy, após ser liberado pela polícia, declarou que foi agredido e eletrocutado por policiais quando estava a caminho da delegacia para prestar depoimento. Segundo o entregador, uma policial queria fotografar o momento que ele foi preso: “Ela queria me tratar como prêmio. Eu não deixei”.

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