Igreja da Inglaterra adota pronome neutro para se referir a Deus

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Embora “Deus” seja definido como um espírito sem gênero nem sexo, segundo princípios cristãos, pronomes como “Senhor”,  “Ele” e “Pai” são geralmente utilizado para se referir à divindade. Pensando nisso, uma igreja na Inglaterra passou a adotar pronomes neutros em vez dos tratamentos masculinos.

O caso aconteceu na Igreja da Inglaterra, matriz da Comunidade Anglicana. As autoridades do templo cristão decidiram adotar a linguagem neutra ao se referir a Deus após a pauta ser sugerida pelos próprios integrantes da comunidade sacerdotal, contou um porta-voz da instituição.

O pronome neutro gerou discordância entre fiéis – Foto: Freepik

O domínio de uma figura patriarcal foi criticado pela teóloga feminista Mary Daly, afirmando que, utilizar essas denominações, tendo em vista todo o contexto histórico, é uma forma de privilégio à masculinidade. Em uma de suas obras, ela disse: “Se Deus é homem, o homem é deus”

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Em 2014, com a nomeação da primeira bispa da história, Libby Lane se mostrou a favor da utilização dos pronomes femininos para se referir a Deus. Então Rachel Treweek, também consagrada no ano seguinte, deu forças ao discurso da revolucionária.

O que a comunidade pensa

Dentro do espaço religioso, as opiniões divergem. De acordo com a BBC, algumas mulheres mostraram preferência pela definição de deus como um colo paterno. Enquanto repudiaram qualquer possibilidade de alteração nos pronomes.

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Uma religiosa abominou a ideia ao fazer menção ao “inferno” com a adoção do pronome neutro dentro da Igreja. Diferentemente, alguns líderes, como o reverendo e teólogo Ian Paul, compreende que faz sentido a adoção de denominações inclusivas, como “Parents” em vez de “Father” – no caso, Pais, em vez de Pai, que é exclusivamente masculino.

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Outras possibilidades também vêm à tona, como “Goldself” – o nome pode ser associado à imagens de Deus como algo valioso por si próprio, contou a especialista em religião da Universidade York Saint John, Sharon Jagger. Ela afirma que o movimento indica uma possível mudança radical na Igreja Anglicana.

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