Desafios e tendências em diversidade e inclusão para 2023

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Atualmente ações de diversidade, equidade e inclusão (DE&I) se tornaram tarefas básicas no mundo corporativo e na sociedade. Não é de hoje que as pessoas desejam um ambiente de trabalho de pertencimento, onde há respeito pelas diferenças individuais, equidade de gênero e oportunidade a todos, independente da raça e etnia.

Além disso, práticas de DE&I impactam diretamente nos negócios. De acordo com o relatório realizado pela McKinsey, empresas que investem na diversidade têm 33% mais chances de ter uma melhor performance financeira e 27% de superar concorrentes em criação de valor em longo prazo. E mais, o relatório da Pew Research mostra que a geração Z apresenta mais diversidade étnica e racial, logo ocorre a busca por identificação no consumo. Abraçando a diversidade como um conceito básico e natural.

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Diversidade
Especialistas da Move Maria, Ebony English, Nhaí! e Mais Diversidade mostram como essas práticas podem impactar diretamente. Foto – Unplash

Para avançar ainda mais nas ações de DE&I, confira abaixo os desafios e tendências elencados pelos especialistas da Move Maria, Ebony English, Nhaí! e Mais Diversidade para 2023:

Maria Gal, CEO da Move Maria

“No audiovisual os desafios e tendências para 2023 é termos uma maior abertura de empresas do setor e de grandes organizações do país em contribuir com mais oportunidades para artistas/empresários pretos. Ter representatividade na frente das câmeras é de extrema importância, mas é tão necessário quanto termos mais produtores, roteiristas e diretores negros. É essencial que dentro do nosso lugar de fala possamos criar e produzir narrativas pretas. Caso contrário continuaremos à mercê do ponto de vista muitas vezes racista, do que se é produzido em filmes, séries e programas de entretenimento em geral, justamente porque o viés inconsciente ainda está muito ligado sobre as questões raciais e suas idiossincrasias e interseccionalidades. E esta é a meta da Move Maria em 2023: termos mais aliados para construção de novos paradigmas no cinema e na tv.”
 

Marta Celestino, Consultora em inovação e diversidade e CEO da Ebony English

Estamos avançando no debate, na minha leitura sobre quais são as tendências, temos boas notícias! O desmascarar do retrocesso implícito no desmonte de políticas públicas para a base da pirâmide trouxe empatia, trouxe reflexões e energia para propor discussões relevantes, que vão desde a utilização dos melhores termos visando a inclusão de mais pessoas invisibilizadas, negligenciadas ou pelas instituições ao repensar do papel dos milionários numa sociedade, onde tantas pessoas morrem de fome. A humanização e desmistificação de pessoas é uma conquista. Ao menos estamos pensando em como transitam todas as pessoas dentro do sistema de saúde, das universidades e até em suas próprias famílias. Há um sentimento geral onde muitos entendem que a humanidade é diversa e que dentro desta diversidade há muitos recortes e muitas nuances e o quanto isso impacta na vida prática, no desenvolvimento de produtos e serviços, no legado de pessoas e empresas capazes de viver e se reinventar dentro desta colmeia de saberes, de histórias e vivências que é a sociedade global. Na era do micromarketing, cada história importa!”

Raquel Virgínia, fundadora e CEO da Nhaí!

A tendência de diversidade e inclusão para 2023 é pensar de forma estratégica como ponto de inovação da empresa. O design da inclusão será o modelo mais moderno e é esse que devemos emplacar nas empresas neste ano que inicia.”

Ricardo Sales, fundador e CEO da Mais Diversidade

“No cenário macro brasileiro, a pauta de DE&I tende a se fortalecer. De um lado, graças ao novo governo que se coloca de uma forma propositiva em relação à temática, e, por outro, pelo meio empresarial, que amadureceu no seu entendimento a este tema que não é uma questão de modismo, e sim de sustentabilidade e sobrevivência dos negócios. Com base nesses dois pontos, vemos duas tendências, sendo uma delas a inteligência geracional, que seguirá forte nas empresas e está em linha com a mudança no perfil demográfico do Brasil, que hoje é caracterizado como um país adulto e em transição para uma nação de idosos. A segunda são os avanços das políticas públicas pelo novo governo federal, que sinaliza uma retomada da agenda social, por exemplo, a recriação da Secadi, secretaria de diversidade do MEC e a volta de ministérios voltados à questão racial e das mulheres”

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