O espetáculo afrofuturista “A Saga de Dandara e Bizum a Caminho de Wakanda” fica em cartaz aos sábados e domingos, às 16h até 8 de dezembro. A peça infantojuvenil traz diversas referências históricas da cultura negra, entre o ancestral e o futurista. Uma montagem inédita, que narra a história de duas crianças que vivem em uma periferia do Rio de Janeiro no ano de 2080, um quilombo chamado Palmares e decidem partir numa viagem sem volta com a missão de salvar o mundo de todos os males e fazer o sol voltar a brilhar. Entre muitos desafios, reviravoltas e aventuras elas precisam encontrar o caminho até Wakanda.
Poesias da escritora Conceição Evaristo compõem a saga que tem uma estética afrofuturista e aborda diversos temas como: respeito ao próximo, igualdade de gênero, racismo estrutural, tolerância religiosa, colonização cultural, representatividade, ancestralidade, entre outros.
A peça conta com a direção e texto de André Lemos,o primeiro artista negro a ganhar o prêmio Shell de Teatro na categoria Direção em 2019, Lázaro Ramos como produtor associado, direção de produção de Simone Braz. No elenco Reinaldo Junior, Juliane Cruz, Tati Villela, Tarso Gentil e Wayne Marinho. A orientação musical é de Fábio Mukanya, a direção musical de Maria Clara Coelho, as músicas são da Confraria do Impossível, Maria Clara Coelho e Domínio Público, a direção de movimento de Reinaldo Junior, a orientação das danças do oeste africano é de Sabrina Chaves, os figurinos de Reinaldo Junior e Rona Neves, os adereços de Rona Neves e Tarso Gentil, o cenário de Tarso Gentil, a confecção de bonecos de Era uma vez o mundo, a luz de Rommel Equer e Maurício Fuzyama.
O espetáculo tem como uma das principais missões socioeducativas reforçar referências da história do povo negro que é constantemente apagada, dando um olhar representativo principalmente para crianças e jovens.
“A gente vive um momento de retrocesso cultural e social. Esse espetáculo vem como uma potência de um trabalho de base para as nossas crianças e jovens, trazendo possibilidades de novas referências, de contar a história por novos pontos de vista”, conta André Lemos.
A idealização é do coletivo artístico “Confraria do Impossível”, que entra em um universo infantil pouco explorado e fundamental para um futuro de médio a longo prazo, trazendo um trabalho inovador, crítico e educativo para que as crianças e jovens possam se sentir cada vez mais representados e os ajude a se tornarem adultos mais conscientes.
“Desde sempre a gente é obrigado a consumir criações que não nos representam. A tipificação de heróis brancos, a demonização e a intolerância com a cultura preta e espiritualidade. Esse trabalho vem com objetivo de tentar destruir um pensamento colonialista que é imposto na nossa cultura desde sempre. A gente traz referência da cultura ancestral, como os orixás, o que eles realmente representam, a Cultura Negra Pop, como Pantera Negra, Wakanda e entre outros”, destaca o Diretor.
Confraria do Impossível – A Confraria do Impossível é um coletivo artístico negro empresarial que intervém nas ruas, espaços culturais e transportes públicos na cidade do Rio de Janeiro desde 2009 e visa o trabalho com a arte, a cultura e a educação como forma de reflexão, transformação, aprendizado e conscientização social. Desde 2015 a Confraria do Impossível se mantém de forma independente e autônoma com atividades ininterruptas.
Em 2018, a Confraria do Impossível foi indicada ao prêmio Shell de teatro no Rio de Janeiro (considerado o mais importante do país) com o espetáculo “Esperança na Revolta” nas categorias autoria, música e direção, tendo levado o último, que quebrou um histórico de nunca antes um diretor negro ter ganho nesta categoria em 31 anos de história da premiação.
SERVIÇO:
A SAGA DE DANDARA E BIZUM A CAMINHO DE WAKANDA
Local: SESC TIJUCA
Endereço: R. Barão de Mesquita, 539 – Andaraí, Rio de Janeiro
Temporada: de 9 de novembro a 8 de dezembro
Dias: Sábados e Domingos
Horário: 16h
Ingresso: R$ 10 inteira, 5 meia, 2,50 Associados Sesc
Classificação: livre
Duração: 60 minutos
FICHA TÉCNICA
CONCEPÇÃO: Confraria do Impossível
TEXTO E DIREÇÃO: André Lemos
POESIAS: Conceição Evaristo
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Simone Braz
PRODUTOR ASSOCIADO: Lázaro Ramos
ELENCO: Reinaldo Junior, Juliane Cruz, Tati Villela, Wayne Marinho e Tarso Gentil
STAND IN: Rudson Martins
ORIENTAÇÃO MUSICAL: Fábio Mukanya
DIREÇÃO MUSICAL: Maria Clara Coelho
MÚSICAS: Confraria do Impossível, Maria Clara Coelho e Domínio Público
DIREÇÃO DE MOVIMENTO e PREPARAÇÃO CORPORAL: Reinaldo Junior
DANÇAS DO OESTE AFRICANO: Sabrina Chaves
FIGURINOS: Reinaldo Junior e Rona Neves
ADEREÇOS: Rona Neves e Tarso Gentil
CENÁRIO: Tarso Gentil
CONFECÇÃO DE BONECOS: Era uma vez o mundo
CENOTÉCNICO: Álvaro
COSTUREIRA: Tatiane Jiquiriçá
DESENHO DE LUZ: Rommel Equer e Maurício Fuzyama
PROJETO GRÁFICO: João Eliel
FOTOS PROJETO: Tarso Gentil
FOTOGRAFIA: Natália Perdomo
OPERADOR DE LUZ: Luan Almeida
OPERADOR DE SOM: André Lemos
ASSESSORIA DE IMPRENSA : Laís Monteiro ( Monteiro Assessoria)
PARCERIA: Terreiro Contemporâneo e Escola Técnica de Teatro Martins Pena
APOIO: Era uma vez o mundo
REALIZAÇÃO: Confraria do Impossível