Na China, influenciadores digitais precisam comprovar especialização antes de tratar de assuntos técnicos em suas redes sociais. A medida, sancionada este mês, restringe temas como medicina, direito, finanças e educação a profissionais ou estudiosos qualificados, com o objetivo de reduzir a desinformação.
A regulamentação foi publicada pela Administração Estatal de Rádio e Televisão, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo, e determina que criadores de conteúdo apresentem comprovação de formação adequada antes de abordar tópicos de alto nível técnico.
Caso as exigências não sejam cumpridas, os criadores poderão ser punidos com multas que chegam a 100 mil yuans (cerca de €13 mil), além da suspensão ou até mesmo exclusão das contas.
De acordo com o governo, comentar sobre temas considerados técnicos ou profissionais, como medicina, direito, educação, finanças e saúde, será obrigado a comprovar formação ou certificação na área antes de publicar vídeos, transmissões ao vivo ou postagens nas redes sociais.
A norma tem foco especial em transmissões ao vivo, considerando que os apresentadores desempenham papel relevante na disseminação de conhecimento científico e cultural, no enriquecimento da vida intelectual do público e na promoção do desenvolvimento social e econômico. Segundo o comunicado oficial, a intenção é criar um ambiente digital positivo, saudável, organizado e harmonioso.
De acordo com o governo chinês, é necessário preservar a ordem pública e a soberania da internet do país asiático. A liberdade de expressão deve conviver com a responsabilidade coletiva e com a proteção dos mais vulneráveis, alertaram autoridades da China.
Em 2025, o país também ampliou regras sobre conteúdos produzidos por inteligência artificial, exigindo identificação de vídeos e imagens geradas por IA, embora essa exigência seja independente das qualificações profissionais.
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