A pena determinada em outubro para Ronie Lessa foi de 78 anos e 9 meses de prisão, e para Élcio de Queiroz, de 59 anos e 8 meses, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Porém, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou ao 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro o aumento das penas para 82 anos para cada um dos policiais. Antes do julgamento em outubro o MP havia pedido 84 anos de prisão.
O MPRJ entende que a sentença dada na primeira instância não considerou corretamente os elementos que tornam o caso grave; uso de arma automática com silenciador, emboscada planejada e destruição de provas. O pedido da instituição foi feito na última sexta-feira (06).
Os dois réus confessaram participação no crime e foram presos um ano após o atentado, em março de 2019. Eles são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado, uma tentativa de homicídio e pela receptação do veículo utilizado no crime. O processo contra eles é extenso, com 13.680 páginas distribuídas em 68 volumes, além de 58 anexos.
Família cobra condenação aos mandantes
“Não acaba aqui porque tem mandantes. E agora a pergunta que nós vamos fazer é: ‘Quando serão condenados os mandantes?’ Porque aquele choro que eles exibem nas suas oitivas, pra mim, não é um choro sincero. O choro sincero foi o nosso, porque nós perdemos a nossa filha, a Agatha perdeu o Anderson e a Mônica perdeu a Marielle”, disse o pai de Marielle Franco ainda no Tribunal de Justiça.
Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão serão julgados no STF, ambos são acusados de ser mandantes do assassinato, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa é acusado de fazer parte da mentoria do crime, Robson Calixto, ex-policial militar é acusado de ter fornecido as armas do crime e o Major Ronald Paulo Alves Pereira teria monitorado a rotina de Marielle.
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