Fonte: Reuters e AFP
“O governo dos Estados Unidos está feliz em ver que Jair Bolsonaro reconheceu o resultado da eleição brasileira“, disse nesta quarta-feira a porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre.
Bolsonaro ficou 44 horas em silêncio após a definição da eleição no domingo e apenas no final da tarde de terça-feira fez seu primeiro pronunciamento público. O presidente não reconheceu explicitamente a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas disse que continuará cumprindo a Constituição.
Logo em seguida, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que o presidente havia autorizado o início do processo de transição, o que foi avaliado pelo STF como o reconhecimento do resultado final das eleições.
Apenas 35 minutos depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser declarado o vencedor das eleições no Brasil, no último domingo (30), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, emitiu um comunicado para cumprimentá-lo. A agilidade do norte-americano em saudar o petista foi lida por muitos especialistas como um aceno de futura aliança de Biden para Lula.
Aliança Lula e Biden
O presidente americano, a quem se somaram outros líderes ocidentais, quis se antecipar a qualquer possível movimento antidemocrático de Jair Bolsonaro (PL), que demorou 38 dias em reconhecer a vitória de Biden sobre o republicano Donald Trump, de quem diz ser um admirador.
Com a alternância de poder no Brasil, os dois países mais populosos das Américas terão líderes com narrativas similares: políticos experientes e septuagenários, que voltaram às urnas com o objetivo, segundo eles, de salvar a democracia, e que derrotaram, ainda que por uma estreita margem, populistas de direita.
Lula e Biden conversaram por telefone e concordam em temas importantes, a começar pelas mudanças climáticas.
Em seu primeiro discurso após a vitória, Lula virou a página do ceticismo climático que marcou o governo Bolsonaro, prometendo lutar contra o desmatamento da Amazônia, que tem papel crucial no planeta para absorver as emissões de carbono.
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