De acordo com o relatório de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), divulgado nesta terça-feira (06), o Brasil avançou 5 posições no ranking global de desenvolvimento humano. Agora, o país ocupa o 84ª lugar, segundo dados analisados de 193 países, em 2023.
A atualização do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, apontado no relatório, determina o ranking a partir dos indicadores de expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita – por indivíduo. O avanço do Brasil acontece, segundo o documento, por conta do aumento da renda nacional bruta per capita, e da recuperação nos indicadores de saúde, apesar da educação estar estagnada.

Com a atualização, o Brasil saiu da 89ª colocação em 2022, de 0,780 (em uma escala de 0,000 a 1,000), para a 84ª posição, com 0,786, o que de acordo com as métricas da ONU aponta um desenvolvimento alto. Mas ao fazer um ajuste do IDH levando em conta a desigualdade social, o Brasil cai para a 105ª posição global com 0,594, e ficando com o IDH médio.
A análise da pontuação classifica os países: os que possuem uma pontuação a partir de 0,800 são considerados de alto desenvolvimento humano, sendo que os que tem de 0,700 a 0,799 são considerados de desenvolvimento alto; de 0,550 a 0,699 pontos são os de desenvolvimento médio; e abaixo de 0,550, os países de desenvolvimento baixo.
O mundo todo conquistou um IDH médio de 0,756 em 2023, o que de acordo com o coordenador do relatório, Pedro Conceição, é o maior patamar de desenvolvimento humano desde que o levantamento começou a ser feito.
“Mas há dois aspectos preocupantes nessa conquista. Primeiro é o fato de que estamos progredindo de forma mais lenta. Na verdade, é o progresso mais lento na história, se não considerarmos o período de declínio do IDH [devido à pandemia de covid-19]. Se continuássemos a ter o progresso que tínhamos antes de 2020, estaríamos vivendo em um índice de desenvolvimento muito alto em 2030“, explica o coordenador.
A Islândia é o país com maior IDH do mundo (0,972), de acordo com as atualizações, e o segundo e terceiro lugar também pertencem a outros países europeus, Noruega e Suíça, respectivamente. Enquanto isso as nove últimas posições são ocupadas por países africanos.
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