Nos últimos dias, o Banco do Brasil (BB) foi alvo de fake news disseminadas por bolsonaristas nas plataformas digitais contra a entidade. A presidente da entidade, Tarciana Medeiros, enfrentou pressão, tanto por membros do Judiciário, quanto por representantes de outras instituições financeiras, para que adotasse medidas e acionasse a Polícia Federal (PF). Em comunicado oficial, o BB anunciou que tomará providências legais diante de tais ataques, originados de apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro.
A nota enfatiza que o BB atua em total conformidade com as legislações brasileiras, às normas dos mais de 20 países em que opera, e os princípios internacionais que regem o sistema financeiro. As postagens divulgam informações falsas, sobre supostas sanções e bloqueios internacionais de Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sugerindo que os clientes retirem seus fundos da Instituição.
Recentemente, os Estados Unidos impuseram sanções financeiras ao Ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, uma legislação americana que permite aplicar restrições a indivíduos considerados violadores dos direitos humanos. Essa lei inclui o congelamento de contas, ativos e investimentos nos Estados Unidos, além da proibição de transações comerciais com empresas estadunidenses que operam no Brasil, e a vedação de entrada no seu território nacional.
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à PF que iniciasse uma investigação para averiguar as informações falsas, disseminadas essa semana, sobre as supostas medidas a serem tomadas pelo BB. Em nota, foi enfatizada a Lei 7.492/1986, que aborda crimes relacionados ao sistema financeiro nacional, prevê penas de 2 à 6 anos de prisão, e multas para quem dissemina informações enganosas, ou incompletas, sobre instituições financeiras.
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A Instituição ainda informou que “acompanha o surgimento de publicações inverídicas e maliciosas que disseminam desinformação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico. O banco também afirma que vai tomar as providências legais cabíveis para proteger sua reputação, seus clientes e seus funcionários”, em seu pronunciamento oficial.
Jeffrey Chiquini, um advogado, recomendou publicamente em um canal no YouTube voltado para bolsonaristas que as pessoas retirem seus depósitos imediatamente do banco. “Quer um conselho? Quem tem conta no Banco do Brasil, cancele, tire dinheiro imediatamente”, disse o advogado, e defensor de Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, na Presidência da República.
O banco ressaltou que conta com assessoria jurídica especializada para assegurar que suas atividades estejam em conformidade com as melhores práticas de governança, integridade e segurança financeira. A Instituição reafirmou seu compromisso em fornecer soluções responsáveis, seguras e sustentáveis para todos os seus públicos.
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