Banco Central diz que não hesitará em “elevar taxa de juros” caso julgue necessário para meta de inflação

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Após aumento das expectativas de inflação e a alta do dólar, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) informou que “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta”, nesta terça-feira (06). Figuras de esquerda se pronunciaram contra a medida. Na última semana o BC, resolveu fazer a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano.

Outro ponto da ata da reunião do Banco Central (BC) é que, “notou-se que a percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos e as expectativas”.

Porém é importante lembrar que o governo vem tentando cumprir a meta fiscal de déficit zero e as regras do Novo Arcabouço Fiscal (NAF), e assim não deu aumento no salário dos professores federais em 2024, além de ter feito cortes na última semana que afetaram o Ministério da Saúde e Educação e o PAC.

Na última semana o BC, resolveu fazer a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

A equipe de reportagem do Notícia Preta fez matéria com dois economistas mostrando os riscos do Novo Arcabouço Fiscal e da meta fiscal de déficit zero para a população mais pobre e o desinvestimento em gastos sociais, confira: “Déficit zero é prejudicial aos mais pobres”, afirma economista.

Nesta segunda (05), o Boletim Focus, que é uma pesquisa divulgada semanalmente pelo BC sobre expectativas de instituições financeiras sobre os indicadores econômicos, mostrou que há previsão de aumento na meta de inflação do ano de 4,1% para 4,12%, que é medida em média pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A taxa de juros do Brasil é a segunda maior do mundo, atrás apenas da Rússia, que é um país que está em guerra. O deputado federal, Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou a atitude de Roberto Campos Neto e do BC.

“Nesse novo contexto mundial, o Banco Central vai insistir na segunda maior taxa de juros do mundo? Vamos insistir em corte de gastos em cima dos pobres e da economia real? As expectativas não estão suficientemente ancoradas? O Brasil tem de superar essa política obtusa e ruinosa”, disse Lindberg no X (antigo Twitter).

O Vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também se colocou contra a medida e disparou: “Não tem justificativa. Temos a segunda maior taxa de juro real do mundo e só perde para a Rússia, que está em guerra”, disse.

Confira a ata da reunião do Banco Central.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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