Mulher que fez ataques racistas em padaria de SP vai a tratamento psicológico

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Lidiane Brandão, de 46 anos, agrediu verbalmente alguns funcionários de uma padaria na zona Oeste de São Paulo em novembro de 2020 e foi condenada pela Justiça a dois anos e sete meses de prisão por crimes de injúria racial, homofobia e lesão corporal grave. Porém, a pena que priva de liberdade foi substituída por tratamento psiquiátrico de 24 meses.

Foto: Reprodução/redes sociais

O tratamento se dá porque ela foi diagnosticada com transtorno de personalidade borderline, considerando-a semi-imputável para a pena antes determinada pela Justiça paulistana. De acordo com o laudo do médico que a acompanha há dez aos, o transtorno leva a impulsividade exagerada das pessoas que sofrem da doença.

Vídeos da época mostram a bacharel em direito jogando papéis no chão, depois de insatisfazer com a forma que o sanduíche foi feito. Durante o ataque, Lidiane disse a uma das funcionárias que ela “só servia para pegar os restos dela”. Em outro momento, ela agrediu um cliente de forma homofóbica. “Eu não sou prostituta, meu amor, sou advogada internacional. Cala sua boca, sua bicha”.

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Durante o interrogatório, Lidiane disse que não se lembrava de nada que havia ocorrido e sentia vergonha ao ver as imagens. “Sentiu vergonha e não se reconheceu nas imagens. Sente-se triste pelo ocorrido até os dias atuais e está muito arrependida”, afirmou a defesa da acusada.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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