A justiça mandou soltar Susane Paula Muratori, uma das mulheres que vivia no McDonald’s do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, após ter sido presa por injúria racial. A mulher que vivia com a filha Bruna Muratori, na lanchonete, há 7 meses, foi presa em flagrante na última sexta-feira (30) por chamar uma adolescente de de “pobre, preta, nojenta”. Com o pedido de soltura, chegou também a proibição de retornar à lanchonete.
Segundo informações do g1, durante a audiência de custódia de Susane na tarde do último sábado (31), a juíza Ariadne Villela Lopes negou o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) de converter a prisão em flagrante em prisão preventiva por considerar que a mulher de 63 anos é idosa e que não tinha antecedentes.
Mas junto com a liberdade, a magistrada impôs algumas condições: proibição de acesso e frequência ao McDonald’s do Leblon pelos próximos 2 anos, mesmo como cliente; de se comunicar com a adolescente que a denunciou e de chegar perto dela, respeitando um limite de 500 metros; comparecer mensalmente em juízo pelos próximos 2 anos “para informar e justificar suas atividades”.
Em entrevista ao g1, Bruna Medina de Souza, mãe de uma das meninas alvos dos xingamentos racistas, explicou o que aconteceu.
“A gente sempre sofre um racismo ou outro, mas a gente costuma entubar, botar no bolso e viver. Só que agora foi muito direto. Ela chamou a minha filha de ‘preta nojenta’. ‘Pobre, preta, nojenta’”, disse Bruna Medina de Souza, mãe de uma das meninas, em entrevista à TV Globo.
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