Devido a seca que atinge o estado do Amazonas, subiu para 15 o número de cidades em estado de alerta. Nesta terça-feira (26), o estado já ultrapassou a marca de 100 mil pessoas atingidas, com a possibilidade de chegar a 500 mil pessoas até o final do ano. Isso por conta da estiagem, que fez com que peixes e outros animais acabem morrendo.
Das 62 cidades que compõem o estado, apenas duas estão fora da lista dos locais afetados: Apuí e Presidente Figueiredo. Os municípios enfrentam desde desabastecimento de alimentos, até problemas de acesso a água potável.
O mestre em engenharia de pesca, César Augusto Lima Ferreira, explicou em em entrevista ao G1 que a causa das mortes está relacionada ao intenso calor do chamado “verão amazônico”, que atinge o estado.
“Isso tem a ver, atualmente, com o período da incidência solar. Nessa época do ano é muito grande na nossa região. É muito grande, é muito intenso e isso, teoricamente, altera os componentes químicos da água“, afirmou.
No mês de agosto, a cidade de Iranduba, a 27 quilômetros da capital, registrou a morte de centenas de peixes. Já em Autazes, no início do mês, moradores encontram peixes mortos em um lago da região. Na cidade de Tefe, moradores filmaram um peixe-boi encontrado morto. Até então, mais de 20 botos encontrados mortos ao longo do Lago de Tefé, conforme o registro de pesquisadores da região.
Uma denuncia dos moradores da região sobre um ramal construído sobre o igarapé de Iranduba piorou a situação, por dificultar o acesso dos peixes ao rio. A falta de oxigênio no igarapé junto com o calor, levaram a morte dos peixes.
Toda a situação está prejudicando os moradores da comunidade, que usam um sistema para canalizar a água do lago e com os animais em decomposição, a água fica imprópria para consumo.
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