O Brasil teve a maior queda percentual de emissões em 15 anos, porém alguns setores da economia continuam emitindo gases e batendo recordes ano após ano. É o caso da agropecuária, principal responsável pelo crescimento da economia no ano passado, mas que registrou uma elevação de 2,2% de emissões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (07) e são do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima.
Segundo os dados do governo, o Produto Interno Bruto de 2023, que teve aumento de 2,9%, foi puxado pelo agronegócio. Porém, historicamente o setor tem alto potencial destrutivo do meio ambiente. A agropecuária teve seu quarto recorde consecutivo de emissões, com elevação de 2,2%, devido principalmente a mais um aumento do rebanho bovino.
Segundo a pesquisa, a fermentação entérica, conhecida como “arroto” do boi, foi responsável por emitir 405 milhões de toneladas em 2023 (mais do que a emissão total da Itália), representando assim a maior parte das emissões. O setor ainda responde por 28% das emissões brutas do Brasil no ano passado, se somado as emissões por mudança de uso da terra chega a 74%, sendo dessa maneira o setor que mais polui.
Mas olhando por outro lado, o Brasil também registrou evoluções. No ano de 2023 emitiu 2,3 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e), uma diminuição de 12% em relação a 2022, quando o país emitiu 2,6 bilhões de toneladas. Desde 2009 essa é a maior queda registrada desde que se contabiliza as emissões poluentes em 1990.
Ainda segundo o Observatório, o setor de energia teve um pequeno incremento de 1,1% em suas emissões, devido ao aumento do consumo de óleo diesel, gasolina e querosene de aviação no ano passado, que causaram, por sua vez, uma elevação de 3,2% nas emissões de transporte, que chegaram a seu recorde histórico (224 MtCO2e).
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