Na noite da última quarta-feira (24), a Justiça Espanhola liberou os quatro acusados de terem pendurado um boneco com a camisa de Vinicius Jr. antes da partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid. A partir de agora, eles estão proibidos de frequentar os estádios, além de não poderem se aproximar ou se comunicar com o jogador brasileiro.
Pela decisão, os quatro precisam ficar uma distância mínima de 1 km de qualquer arena da LaLiga e vão responder por crime de ódio. Os quatro acusados se recusaram a prestar depoimento perante um juiz e a Justiça vai marcar uma data para o julgamento.
A polícia da Espanha também já identificou outros três acusados de cometerem atos racistas contra o atacante brasileiro na partida do último domingo (21), contra o Valencia, em que torcedores gritavam “mono” (macaco em espanhol) para Vini Jr.
Na tarde da última quarta-feira (24), jogadores e torcedores do Real Madrid prestaram homenagens a Vini Jr. antes e durante a partida contra o Rayo Vallecano, no estádio Santiago Bernabéu, em Madrid. Todos os jogadores do Real Madrid entraram em campo com a camisa 20, o número do atacante.
Além disso, os torcedores também levaram faixas e cartazes em apoio a Vini Jr. Os torcedores levaram dizeres como “Somos todos Vinícius, basta já” e os capitães dos dois clubes usaram braçadeiras com a frase “Juntos contra o racismo”.
No Brasil, várias pessoas protestaram pacificamente em frente o consulado da Espanha em apoio a Vinicius Junior, na última terça- feira (23). Os movimentos sociais e movimento negro saíram em defesa do jogador brasileiro.
Luka Franca, militante do Movimento Negro Unificado (MNU), esteve no protesto e publicou “Agora, aqui na frente do Consulado Espanhol! É a decolonialidade que move a luta contra o racismo!”. Cartazes com a frase “A Europa é indefensável” e “Chega de racismo” foram usados pelos manifestantes.
