A Ação da Cidadania está lançando o site Dicionário da Cidadania (www.dicionariodacidadania.org.br), uma plataforma colaborativa com explicações atuais sobre termos comumente usados para se referir a pessoas e situações do cotidiano. Estes termos, entretanto, são preconceituosos e foram criados ou adaptados a partir do sofrimento e as mais diversas formas de opressão as quais negros, mulheres, indígenas, pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e vítimas de gordofobia foram e ainda são submetidos.
Em muitos casos, esse tipo de discurso e termos preconceituosos como denegrindo, traveco, bicha, entre outros, ainda são reproduzidos por pessoas que não se dão conta do verdadeiro significado das palavras ofensivas, mas em outros os termos são – sim – usados de forma intencional.
O trabalho desenvolvido de forma pioneira pela Ação da Cidadania cumpre com a função de ensinar e substituir conceitos sobre os mais variados temas. Por ser uma plataforma aberta, qualquer pessoa pode sugerir palavras e expressões e seus reais significados como forma de aprimorar o conhecimento coletivo.
Segundo o Atlas da Violência 2021, elaborado Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os negros representaram 77% das vítimas de assassinato no país em 2019. O Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ contabilizou mais de cinco mil mortes de pessoas representadas pela categoria nos últimos 20 anos. Já o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019 aponta que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos – o que representa 17,3 milhões de pessoas – tem algum tipo de deficiência.