O economista francês, Gabriel Zucman apresentou um estudo para taxação de bilionários nesta terça-feira (25), que propõe um imposto mínimo de 2% da riqueza dos bilionários com mais de U$1 bilhão do mundo arrecadaria cerca de R$ 1,3 milhão. Ao todo 3 mil pessoas seriam taxadas no mundo, no Brasil 51 pessoas se enquadrariam. A proposta foi feita pelo francês junto a equipe brasileira no G20, grupo de 19 países com as maiores economias do mundo.
De acordo com a revista Forbes, em 2023 havia 51 brasileiros com patrimônio acima de U$1 bilhão (R$ 5,08 bilhões). Esse é o valor necessário para se enquadrar na proposta de taxação do G20, que visa indivíduos com mais de 1 bilhão de dólares de riqueza, distribuídos em ativos, imóveis, ações, participação na propriedade de empresas, entre outros, e que ainda não pagam pelo menos 2% de imposto de renda anual. Essas pessoas representam na maioria dos países, apenas 0,0001% da população.
Outra proposta poderia taxar milionários que têm mais de U$100 milhões (R$551 milhões), e poderia gerar uma receita de U$140 bilhões (R$771.400.000) mundialmente. No mundo, há 65 mil pessoas nesta situação, no Brasil há 844 pessoas nessa situação de acordo com levantamento do Credit Suisse em 2021.
Quase 70% dos brasileiros apoiam taxar super-ricos, segundo pesquisa da Ipsos. A medida é vista como um consenso entre economistas, mas é encarada com dificuldade para passar pelos congressos dos países.
“Um imposto mínimo coordenado acrescenta valor, porque na prática há o risco deles ocultarem sua renda e enviarem a países que tributam menos sobre as receitas. Para isso, precisa de intercâmbio internacional e um padrão comum de taxação para evitar a concorrência tributária”, disse Zucman.
As conversões de Dólar para Real foram realizadas no câmbio de R$5,51.
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