O líder religioso, Estevam Hernandes, um dos fundadores da Igreja Renascer em Cristo é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) após fala racista durante a “Marcha para Jesus”. Durante sua fala no evento, o “apóstolo” disse que “nos próximos anos, o Brasil será o maior país macumbeiro do mundo ou o país mais evangélico do mundo?”.
A fala, realizada na última quinta-feira (8), se tornou alvo de uma ação contra Hernandes, protocolada pelo advogado Átila Nunes e, segundo ele, a fala representa discurso de ódio e solicita que o MP investigue um possível crime contra religiões de matrizes africanas.
Na ação, o advogado solicita retratação pública de Hernandes, além de uma indenização no valor de R$50 mil. Ainda de acordo com o pedido, a retratação deve ser feita em vídeo, de 15 minutos de duração, mesmo tempo de fala do pastor, e no prazo máximo de 30 dias.
A estimativa de público no evento é de mais de dois milhões de pessoas. Nas redes sociais, o termo “macumbeiro” chegou aos assuntos mais comentados. Entre os principais comentários, as pessoas dizem que querem um “Brasil mais macumbeiro”.
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“Mil vezes um país macumbeiro. Macumbeiro não para ninguém na rua perguntando se pode apresentar a palavra de exu, macumbeiro não bate na porta de ninguém sábado de manhã pra falar do reino de Xangô”, comentou um seguidor.