O artista baiano, Jefferson Mendonça, realiza a exposição “Ọkàn – Coração de Mãe”, no Salvador Bahia Airport, até o dia10 de junho, em comemoração ao Dia das Mães, celebrado no último domingo (14).
A mostra, que foi aberta às 13h da quinta-feira (18), com um pocket show de Dandê Azevedo, contou com a presença do artista plástico e contará com as reproduções das seis obras que retratam os corações das Iabás, orixás que também são mães de outros orixás: Nanã, Oxum, Yemanjá, Ewá, Obá e Oyá.
A exposição tem curadoria de Suzana Coelho, e traz a poética visual de Jefferson Mendonça, que utiliza a técnica de aquarela e pontilhismo em suas obras, além da aplicação de folhas de ouro, prata e cobre na superfície das pinturas. O acesso à exposição será gratuito e estará disponível para os passageiros que forem embarcar e para a comunidade aeroportuária.
Os corações aquarelados das Iabás trazem nas suas cores e símbolos os elementos identitários das figuras mitológicas da cultura de matriz africana, que inspiram a humanidade com seus lindos itans (relatos míticos) e evidenciam também traços da sua personalidade e maternidade.
“A exposição “Ọkàn – Coração de Mãe” faz alusão à nossa ancestralidade e traz peças que contam as histórias dessas mães, muitas vezes excluídas da história por conta do racismo e da intolerância religiosa. Visa ainda apresentar um novo olhar sobre a maternidade, desconstruindo padrões comerciais existentes, além de ampliar o olhar acerca da diversidade e da inclusão social”, explica Jefferson Mendonça.
Sobre Jefferson Mendonça
Ilustrador baiano que tem 34 anos e uma profunda conexão com a sua ancestralidade e a cultura de matriz africana, especialmente na cultura do candomblé. Sua linguagem visual distintiva é marcada pela delicadeza e fluidez da técnica da aquarela e pela textura e profundidade do pontilhismo.
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Com formação acadêmica em Design e Letras, as artes sempre foram sua verdadeira paixão e ele explora sua criatividade e expressão artística desde criança. Suas obras são uma celebração da diversidade e um convite para explorar e cultivar as raízes ancestrais.