Salgueiro vai cantar um Paraíso diferente e homenager Joãosinho Trinta

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A GRES Acadêmicos do Salgueiro vai tomar a Sapucaí no primeiro dia de desfile neste domingo (19), sendo a penúltima escola a desfilar. Com o enredo “Delírios de um Paraíso Vermelho” a agremiação, que este ano busca seu décimo título, vai levar para a Avenida um lema presente em um dos versos do samba: Proibido é proibir. 

A vermelho e branco do Morro do Salgueiro, localizada no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro, vai homenagear o famoso carnavalesco Joãosinho Trinta, que é conhecido pela genialidade e ousadia. O artista que já trabalhou na escola antes de estrelar sua carreira solo como carnavalesco terá importantes trabalhos representados na avenida. Além disso, a própria comunidade salgueirense também é aclamada nas estrofes do samba.

Composto por Moisés Santiago, Líbero, Serginho do Porto, Celino Dias, Aldir Senna, Orlando Ambrósio, Gilmar L. Silva e Marquinho Bombeiro, e interpretado por Emerson Dias, o samba faz referências a cor da escola, assim como o enredo, exalta a liberdade e rechaça a exclusão em um grito contra todos os tipos de preconceito.

E nesse clima, a Acadêmicos do Salgueiro vai abordar a importância da liberdade de expressão e do respeito às diferenças. A escola convida todos a mergulhar em um novo paraíso, que dessa vez é todo vermelho, da cor da agremiação, e que toma tanto o céu quanto o inferno, contestando a história de Adão, Eva, a maçã e a serpente.

Parte de uma das alegorias da agremiação /Foto: Divulgação

Este novo Édem que o Salgueiro canta representa uma releitura do jardim tradicional: sem pecado, sem escuridão e sem preconceito. Tema que fica evidente no segundo refrão que diz: “No meu sonho de rei, quero tempo de paz / Guerra, fome e mazelas nunca mais / A minha academia anuncia / Da escuridão, raiou o dia”.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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