Sem aumento desde 2013, o Governo Federal anunciou, nesta quinta-feira (16), o reajuste das bolsas para pesquisa no Brasil. Os auxílios para Mestrado, iniciação em pesquisa, doutorado e pós-doutorado tiveram os percentuais de reajuste informados.
Ao todo, as bolsas de mestrado e doutorado terão aumento de 40%, enquanto os auxílios para pós-doutorado subirão mais 25%. As bolsas de iniciação científica no ensino médio serão triplicadas. Já a Bolsa Permanência para alunos em vulnerabilidade nas universidades, terão aumento entre 55% e 75%.
“Bom dia. Anunciaremos hoje o aumento das bolsas de graduação, pós-graduação, iniciação científica e Bolsa Permanência, que não tinham reajuste desde o governo Dilma. Um dia importante para nossa educação, pesquisa e ciência. O Brasil voltará a valorizar estudantes e nosso futuro”, publicou o presidente Lula em uma rede social.
O valor das bolsas, mesmo reajustados ainda não atendem aos estudantes e pesquisadores, segundo Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). “Diante da impossibilidade [desse aumento], queremos que o governo apresente esse reajuste [de 40%] como um plano de curto prazo”, afirma Vinicius Soares, presidente da Instituição.
Ainda segundo ele, o ideal seria um reajuste de, pelo menos, 75% “para compensar a defasagem dos valores atuais”, afirma. ele também elenca alguns dos motivos do percentual ser o citado. De acordo com Vinicius, três consequências de salários baixos para os pesquisadores são fundamentais para mantê-los nas universidades.
“Existem vários bolsistas em vulnerabilidade social, além disso, existe uma migração de cientistas para outras áreas do mercado de trabalho, e, por fim, falta de mecanismos para atrair novos talentos às carreiras científicas”, pontua.
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De acordo com o governo Federal, o reajuste das bolsas vai gerar um investimento de R$ 2,38 bilhões anuais aos cofres públicos. Esses valores sairão dos ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.