Segue até o próximo dia 15 de setembro a exposição ‘Ojú Adé – o Olho da Coroa’, do rapper paulista Max B.O., no Tendal da Lapa, em São Paulo. Ao todo, são mais de 50 obras do artista que estarão à disposição do público de forma gratuita.
Entre os principais pilares da curadoria, uma série de 26 azulejos, intitulada “Orixás, Santos Pretos e Entidades”, trabalhos realizados com botões, plugs de mixer e búzios, além de colagens que homenageiam Maria Bethânia e Gilberto Gil.
A exposição se divide em três principais pilares: uma passagem pelo período das colagens com homenagens a Maria Bethânia e Gilberto Gil; um mergulho profundo por obras finalizadas em resina epóxi com desenhos, colagens de objetos como botões, plugs de mixer, búzios, entre vários outros; e sua série mais recente, composta por 26 azulejos, intitulada “Orixás, Santos Pretos e Entidades”, com ícones como o Panteão do Candomblé, Zé Pilintra, Santa Sara e Caboclo de Lança.
“Algumas dessas são inspiradas em meus ancestrais e meus guias, como Sultão das Matas e Capa de Aço, entidades do Ilé Asé Opo Baragbo, minha casa de Asé”, destaca.
As obras estarão em exposição até o próximo dia 15 de setembro, em São Paulo – Foto: Divulgação
A exibição conta ainda com “Ogó”, uma escultura feita especialmente para essa estreia, além do quadro “Criolé sobre o Chão do Vai Vai”, um dos mais significativos. A obra é uma homenagem a Otávio Câmara do Nascimento, criador do personagem que está reproduzido com pintura, lantejoulas e um pedaço do piso da demolição da escola de Samba Vai Vai, onde Max faz parte da ala dos compositores.
“Meus trabalhos são patuás de parede. Elas trazem significados peculiares e energias dos objetos que elas carregam”, revela. Ojú Adé, nome de iniciação do artista no candomblé, significa “Olho da Coroa”. A curadoria é do grafiteiro Bonga e da galerista Ceres Macedo.