Nesta segunda-feira, 25, na celebração dos 30 anos do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha a saxofonista, compositora e produtora musical Suka Figueiredo a saxofonista lança o álbum “AFROLATINA”, uma obra de celebração da artista dentro da música instrumental brasileira. “Minha música é minha identidade enquanto mulher negra e latino-americana em constante construção”, define Suka.
A escolha do dia 25 de julho foi escolhida pela artista em celebração à data que homenageia as mulheres afrolatinas: negras, latino-americanas e caribenhas e, também, a sua própria trajetória. “O disco foi feito com muita entrega, num período delicado de enfrentamento à pandemia. Encerro um primeiro ciclo de aprendizado e reflexões sobre mim e sobre meus lugares de pertencimento sendo uma mulher brasileira, mas que olha para a América Latina num movimento agregador de autoconhecimento” reflete a multi-instrumentista.
Em um mercado dominado predominantemente por homens brancos, Figueiredo busca uma sedimentação da carreira. Tendo iniciado sua trajetória em 2015, quando deixou a carreira de funcionária pública, a artista múltipla esteve em grandes palcos do país, como Theatro Municipal de São Paulo, Theatro São Pedro (Porto Alegre) e Circo Voador (Rio de Janeiro), se apresentou junto à premiada obra de teatro Gota D’água Preta e integrou projetos importantes na cena musical paulistana, como Funmilayo Afrobeat Orquestra, As Baías, Samuca e a Selva e Buena Onda Reggae Club.
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O “AFROLATINA” conta com cinco faixas, quatro delas arranjadas pelo trombonista Joabe Reis. “Venho construindo uma relação muito bacana em parceria com Joabe, que de maneira sempre muito sensível recebe minhas melodias e ideias para traduzir em arranjos de metais”, conta. Na proposta audiovisual, Suka convida o público a experienciar uma viagem interior com imagens que provocam o encontro do nosso íntimo, nos espaços sagrados da imaginação, criação e pertencimento.
A obra visual, que será lançada no dia 26 de julho, é dirigida pela própria Suka ao lado de Rafael Penna e Rafael Acerbi e conta com efeitos psicodélicos, paisagens surrealistas e outras surpresas.