O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) anulou, nesta segunda-feira (4), a decisão de novembro de 2021 em que reconhecia a união estável entre Jorge Lafond, a eterna Vera Verão, e seu ex-empresário, Marcelo Pádua.
Segundo a jornalista Monica Bérgamo, a ação foi movida pelos três sobrinhos de Lafond, que são considerados herdeiros do artista e lutam pelo valor de três seguros de vida, no valor de R$ 800 mil. Os desembargadores do TJSP entendem que “embora existam provas de que eles tiveram uma relação, não é possível determinar que ela fosse, de fato, uma união estável, de acordo com o Código Civil. Para os magistrados, não há, também, provas de que os dois residiam no mesmo endereço”, afirma a sentença dos magistrados.
Além dos valores dos seguros de vida, o ator também deixou uma casa, comprada pela atriz Cássia Kiss, segundo Bérgamo. Lafond faleceu em 2003, vítima de um infarto fulminante, aos 50 anos. Já Marcelo Pádua morreu em 2020, também vitimado por um infarto, no decorrer do processo, e passou a ser representado pela mãe.
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Jorge Luiz Souza Lima nasceu em Nilópolis, em março de 1952 e usava o nome artístico de Jorge Lafond. Desde os seis anos de idade ele já tinha consciência que era gay e, em uma entrevista à revista Raça foi categórico. “As pessoas falavam que ser gay era uma coisa muito feia, e eu ficava com a cabeça tontinha. Mas o medo de meus pais descobrirem era tão grande que eu procurava andar na linha e estudar bastante“, disse à época.
Ator, comediante, dançarino e drag queen, Lafond fez vários papéis na TV e no teatro, como na novela Sassaricando e no Os Trapalhões, a convite de Renato Aragão, além da participação, por 10 anos, do programa A Praça é Nossa, do SBT.
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