Depois de meses de mobilização sindical, pressão de trabalhadores do comércio e serviços e debates no Congresso Nacional, a escala 6×1 voltou ao centro da agenda política no fim de 2025 e pode marcar o último natal nesta forma de trabalho. Propostas de mudança na legislação trabalhista, somadas a decisões judiciais recentes e a sinalizações do governo federal sobre a necessidade de rever jornadas exaustivas, indicam que 2026 pode marcar um ponto de inflexão para milhões de brasileiros que hoje trabalham seis dias para folgar apenas um.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, no início de dezembro, o fim da escala de seis dias de trabalho por um dia de descanso (6×1) e a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 36 horas semanais. Ambas as mudanças são sem redução salarial. Agora, o tema segue para plenário do Senado.
No Natal e no Réveillon, os setores que mais concentram trabalhadores em atividade são aqueles ligados aos serviços essenciais e ao consumo de fim de ano. Saúde e segurança pública mantêm funcionamento integral, com profissionais em plantão contínuo. O comércio, especialmente supermercados, shoppings, farmácias e lojas de rua, amplia jornadas para atender o aumento da demanda.

Bares, restaurantes, hotéis e toda a cadeia do turismo operam em ritmo intenso, sobretudo na virada do ano. Transporte e logística também seguem ativos, envolvendo motoristas de ônibus, metrô, aplicativos, caminhoneiros e entregadores. Somam-se ainda os trabalhadores da comunicação, como jornalistas e equipes técnicas, além de call centers e serviços digitais, que garantem o funcionamento ininterrupto da economia mesmo durante as principais datas festivas do calendário.
Mesmo para os trabalhadores que continuam atuando no Natal e no Réveillon, o fim da escala 6×1 sem redução salarial representa um avanço importante. A mudança permitiria mais dias de descanso ao longo do mês, garantindo tempo para fazer compras, organizar a vida pessoal e conviver com a família, ainda que o trabalho nos feriados permaneça. Na prática, menos jornadas consecutivas significam mais previsibilidade, recuperação física e melhora na qualidade de vida desses profissionais.
Leia mais notícias por aqui: Presa na Itália, Carla Zambelli renuncia ao mandato de deputada










