Uma ação judicial movida pela bailarina Cíntia Cristina de Mello contra o apresentador Ratinho, do SBT, pede uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais. A profissional acusou o comunicador de racismo durante uma gravação ao vivo do seu programa, em 1º de abril de 2024 e agora tem audiência marcada para maço de 2026.
Houve uma tentativa de conciliação em julho de 2025 não resultou em acordo. Uma nova audiência está marcada para janeiro de 2026, em São Paulo, quando Ratinho, o SBT e as testemunhas indicadas deverão apresentar suas versões oficialmente à Justiça.
No dia 1º de abril e 2024, durante o programa, o apresentador Ratinho se dirigiu à bailarina e disse, “a Cintia… Cintia, essa peruca é sua? É a mais bonita”, diz o apresentador, em resposta ela nega que seja uma peruca, “não é uma peruca, é meu cabelo, hoje é o meu, hoje é meu cabelo”, respondeu.
O apresentador insistiu e foi se aproximando, “não é seu cabelo, eu vi um piolhinho”, disse ele. Com uma risada a dançarina rebateu “que piolho?!”. Neste momento Ratinho disse a a assistente de palco para que puxasse o cabelo de Cintia.
“Puxa o cabelo dela”, disse Ratinho. Após a assistente de palco ter puxado o cabelo de Cintia e confirmado que era mesmo cabelo natural, ele se dirige novamente para o publico com sorriso e diz:
“Então é bonito! Eu achei que era peruca, é bonito”, disse Ratinho na ocasião.

Em resposta às acusações, o apresentador negou a prática de racismo, classificando a fala como uma “brincadeira” dentro do formato humorístico do programa. Em sua defesa, ele também mencionou a presença de funcionários negros na atração. A argumentação foi contestada por Cíntia, que afirmou em suas redes sociais que conviver com pessoas negras não torna alguém automaticamente antirracista.
A bailarina relata que, após a gravação, buscou a direção do programa para solicitar um pedido de desculpas público, mas não obteve retorno. Ela afirma ainda ter começado a perceber “olhares hostis” nos corredores da emissora. Sem conseguir uma resposta da produção, decidiu pedir demissão e publicou um desabafo sobre o caso.
Na ação, Cíntia sustenta que a exposição nacional causou humilhação, danos à sua imagem e uma onda de ataques nas redes sociais. A defesa de Ratinho, por sua vez, argumenta que a profissional inicialmente teria dito não se sentir ofendida e classifica o valor da indenização como exagerado.
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