Pobreza e desigualdade chegam ao menor nível no Brasil em 30 anos, mostra Ipea

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O Brasil alcançou em 2024 os indicadores mais baixos de pobreza e desigualdade dos últimos trinta anos, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou os dados nesta terça-feira. Os resultados apontam avanços significativos decorrentes de políticas sociais e de transferência de renda adotadas nos últimos anos.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que os programas do governo federal foram determinantes. “A pobreza e a desigualdade caíram ao menor patamar em 30 anos. Significa que, além de tirar o Brasil do Mapa da Fome, também estamos superando a desigualdade com a redução da miséria e também da pobreza”, destacou.

Os números mostram que a renda domiciliar por pessoa avançou aproximadamente 70%, enquanto o índice de Gini recuou quase 18%. A extrema pobreza, segundo o Ipea, caiu de 25% para menos de 5% da população. O levantamento considera a série histórica das pesquisas domiciliares iniciadas pelo IBGE em 1995.

Embora os principais saltos positivos tenham ocorrido entre 2003 e 2014, o movimento voltou a ganhar consistência entre 2021 e 2024. No ano passado, o país registrou simultaneamente maior renda média e menor desigualdade. “A renda de todos os brasileiros segue crescendo, mas a renda dos mais pobres cresce ainda mais”, lembrou o ministro.

A extrema pobreza caiu de 25% para menos de 5% da população. O levantamento considera a série histórica desde 1995 – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Dias também ressaltou o papel do Bolsa Família. “E boa parte das pessoas que são atendidas no Bolsa Família saem da miséria e chegam na classe média. O Bolsa Família não é só transferência de renda, é o cuidado com a saúde do ser humano, a garantia da escolarização, é poder não só concluir o ensino médio, mas ter um curso técnico, ter uma profissão, poder chegar na universidade”, afirmou.

Os pesquisadores Pedro Herculano Souza e Marcos Dantas Hecksher, autores do estudo, explicam que o Bolsa Família e o BPC foram decisivos para os resultados. “O estudo mostra que Bolsa Família e políticas associadas tiveram contribuição grande na redução da desigualdade e da pobreza e, sobretudo na extrema pobreza, onde os efeitos são maiores. Outro fator que mais contribui para o resultado é o trabalho, que é a principal fonte de renda”, disse Hecksher.

Ele acrescentou ainda que iniciativas como o Acredita no Primeiro Passo ampliam a inclusão produtiva e reforçam a geração de renda das famílias atendidas pelo programa.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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