O Amapá registrou 50 ocorrências de queimadas neste ano, contra 114 no mesmo período de 2024. O dado, fornecido pela operação Amapá Verde, revela uma queda de 52% nos incêndios florestais e indica que a combinação de ações preventivas e reforço de equipes tem feito diferença no combate ao fogo.
O Corpo de Bombeiros credita parte desse resultado ao trabalho de orientação junto à população. Desde janeiro, foram promovidas 365 atividades educativas, como palestras e encontros com moradores em áreas vulneráveis, além de mais de 70 atendimentos de combate direto às chamas em diferentes municípios.
A ampliação da estrutura também foi determinante. Até setembro, a operação contava com oito bases espalhadas pelo estado. A partir do dia 21 daquele mês, o número subiu para 13, com a instalação de novas unidades em Serra do Navio, Porto Grande, Vitória do Jari, Oiapoque e uma segunda base em Calçoene. Esse movimento fez o contingente saltar de 40 para cerca de 70 militares, organizados em equipes de cinco bombeiros, com viaturas e equipamentos específicos para a atuação em campo.
“A gente aumentou o efetivo, que inicialmente era de 40 militares, e agora estamos perto de 70, distribuídos nessas bases”, explicou o major Izídio Júnior em entrevista ao G1, responsável pela coordenação da operação.

Entre os municípios, Tartarugalzinho concentra o maior número de áreas atingidas, seguido pelas regiões de Ferreira Gomes e Tartarugal Grande, que seguem sendo classificadas como pontos de maior preocupação. Apesar da queda nas ocorrências, o alerta continua aceso, especialmente por causa da estiagem que avança em áreas de vegetação seca.
Para o comando da operação, além do esforço humano, o clima também contribuiu para a melhora. Temperaturas mais amenas neste ano ajudaram a reduzir o risco de propagação das queimadas. Ainda assim, localidades como Serra do Navio e Oiapoque seguem em observação, já que a combinação de ventos fortes e vegetação ressecada pode favorecer incêndios de grande proporção.
O major Izídio Júnior destacou ainda a participação das comunidades no processo. “A gente focou muito na questão da prevenção. A população tem sido muito receptiva e tem recebido muito bem nossos guerreiros que estão nesse combate”, afirmou em entrevista ao G1.
Leia mais notícias por aqui: Internautas chamam atenção para diferença de público nos discursos de Lula e Milei na ONU