Os desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), negou nesta quinta-feira (11), o Habeas Corpus solicitado pela defesa do cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. Foi negado também a substituição da prisão por medidas cautelares.
Em seu voto, a desembargadora Marcia Perrini Bodart, relatora do pedido da defesa, destacou que “a manutenção da prisão é necessária para garantir a ordem pública e resguardar a paz social”. Oruam está preso desde o dia 22 de julho, quando se entregou a polícia.
No dia 30 do mesmo mês, a 3ª Vara Criminal do Rio aceitou denúncia do Ministério Público (MP) e tornou o cantor réu por tentativa de homicídio cometido. De acordo com a acusação, a tentativa ocorreu, em cumprimento de mandatos, com o lançamento de pedras contra os policiais.
Durante a sustentação oral, o advogado Nilo Batista, que integra a defesa de Oruam, alegou que o cantor estaria sendo alvo de perseguição policial por ser filho de Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, apontado pela Polícia Civil como líder de uma facção criminosa. Ele também destacou que a operação realizada na residência do artista ocorreu por volta das 23h, em horário vedado pela Constituição, e foi conduzida por viaturas e agentes sem identificação oficial.
Fernanda Valença, noiva de Oruam, utilizou as redes sociais, nesta quinta-feira (11), para desabafar sobre a decisão.
“Oi, pessoal, boa tarde. Cheguei quase agora do julgamento de habeas corpus do Mauro. Já adianto que foi negado. Estou muito triste, estou com muita raiva, estou incrédula, sinceramente. Porque a gente só sabe o que é passar por algo quando a gente passa. Então não adianta julgar, não adianta falar sobre algo que a gente nunca passou. Só sabe de injustiça quem passa por uma injustiça, só sabe o que é um suco na cara, quem toma um suco na cara”, conta a influenciadora digital.
Na última terça-feira (10), Oruam escreveu uma carta falando sobre o momento em que está vivendo.
“Para todos os meus fãs, um leão ferido ainda é um leão. Ninguém prende quem tem a mente livre. Sempre visitei meu pai na prisão, me acostumei a ser a visita. E, hoje, quando a minha família vem me ver, o que mais quero é ir embora junto com eles“, desabafa.
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