Depois do sucesso da temporada, espetáculo “Outras Mulheres” realiza circulação no Rio e na Baixada

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Um espetáculo baseado em histórias reais de diversas mulheres, Outras Mulheres é uma manifestação artística e política da diversidade e resistência feminina, baseadas nas histórias de mulheres oriundas das periferias do Rio de Janeiro. A montagem realiza circulação na cidade do Rio de Janeiro e cidades da Baixada Fluminense, nos dias 20 e 26 de setembro e no dia 2 de outubro.

Com música ao vivo, que mergulha nas raízes culturais de diversas mulheres, o espetáculo fomenta a reflexão e a conscientização sobre temas fundamentais das vivências das mulheres do Rio de Janeiro e conta com 4 dançarinas, 3 percussionistas em cena e possui a duração de aproximadamente 60 minutos.

Foto: Gabriela Machado

“Através da linguagem da dança contemporânea permeada pelas danças populares brasileiras e afro-cubanas, celebramos a força das mulheres que vieram antes de nós. Trazemos essa pluralidade de histórias e memórias para a cena, por meio da expressividade e poesia com voz, movimento e música ao vivo”, explica Tatiana Silva, uma das diretoras artísticas do espetáculo.

Outras Mulheres estreou em 2022 como uma performance realizada no Museu do Samba, durante o evento Matriarcas do Samba & Os Insurgentes e busca atingir mulheres de regiões periféricas do Rio, onde existe um número considerável de moradoras expostas à violência, vivendo em situação de vulnerabilidade e de pobreza.

Outras Mulheres é contemplado no edital “Fluxos Fluminenses”, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.

“Outras Mulheres não é apenas um espetáculo de dança, ele representa um contraponto à narrativa convencional e elitizada da dança, exaltando a potência, a riqueza e a autenticidade dos corpos periféricos e as histórias intrínsecas a essas mulheres“, comenta Vitória Pedro, que divide a direção artística com Tatiana Silva.

A construção coreográfica mergulha na dança contemporânea em diálogo com as danças populares brasileiras e afro-cubanas. A pluralidade de histórias e memórias dessas mulheres são levadas para a cena, por meio da expressividade e poesia, com voz, movimento e música ao vivo.

“Esse espetáculo é um mergulho em diversas linguagens de dança, como a dança contemporânea, danças populares brasileiras e afro-cubanas”, comenta Mirian Miralles, diretora de movimento do espetáculo

As cenas do espetáculo se constroem a partir da relação entre dança e música, por meio de uma criação integrada. A oralidade e o movimento são utilizados como estratégia dramatúrgica. O projeto se construiu a partir das vivências das próprias intérpretes.

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O elenco é formado totalmente por mulheres, cis e trans, e costura reflexões sobre as performatividades sociais impostas aos nossos corpos, as violências, assédios e padronizações cotidianas que atravessam todas essas mulheres. Contudo, a apresentação, também, evoca a força e a vitalidade sagrada presente na mulher, e em sua relação ancestral.

“Este projeto entende a arte como um espaço de conscientização, reflexão e acolhimento. Então, a partir de um resgate através da ancestralidade feminina, valorizando aquelas que nos precederam e pavimentaram os caminhos pelos quais hoje trilhamos, este objetivo é alcançado”, pontua.

Outras Mulheres está ancorado na missão de promover e fortalecer a diversidade e resistência feminina, encontrando respaldo jurídico em importantes leis brasileiras que visam a promoção da igualdade de gênero e a proteção dos direitos das mulheres, como a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), e a Lei nº 12.288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial, visando garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância racial.

“Além de se apresentar como uma expressão artística, o Outras Mulheres se consolida como uma resposta direta às exigências sociais e legais de uma sociedade que busca ser mais justa, igualitária e respeitosa com todas as suas mulheres”, finaliza Bellas Silveira, bailarina e preparadora corporal do projeto.

Além das apresentações, nesta temporada ainda serão realizadas quatro oficinas de dança para mulheres; quatro oficinas de dança para crianças e sessões de ensaios abertos. As oficinas serão ministradas pelo elenco, de forma gratuita e aberta ao público feminino, e as oficinas perpassam pelas temáticas do projeto como dança contemporânea, dança afro, danças populares brasileiras e danças afro-cubanas.

Pensando nas mulheres que não possuem rede de apoio e que precisarem levar suas crianças às apresentações, o projeto conta com espaços kids com educadores em todos os dias de apresentação e ,durante os dias de oficinas, serão realizadas, simultaneamente, uma oficina de dança para crianças, para as mães que desejam participar da oficina.

SERVIÇOS:
Espetáculo Outras Mulheres
20 de setembro, às 19 horas
Teatro Gonzaguinha – R. Benedito Hipólito, 125 – Centro, Rio de Janeiro
Intérprete de Libras e Audiodescrição
26 de setembro, às 19 horas
Teatro Sylvio Monteiro – Rua Getúlio Vargas, 51, Centro – Nova Iguaçu/RJ
Intérprete de Libras
02 de outubro, às 19 horas
Auditório Gustavo Dutra – Rodovia BR 465 – Km 7-Campus Universitário – Zona Rural – Pavilhão Central (UFRRJ), Seropédica – RJ
Intérprete de Libras
Entrada Gratuita
Classificação etária: 14 anos
Foto de : Gabriela Machado

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