Francisca, aposentada de 72 anos e analfabeta afirma que assinou documento acreditando ser um empréstimo
Imagina só você assinar um documento achando que está fazendo um empréstimo e logo depois descobre que pode ser investigada por ter se tornado presidente de uma entidade que descontava de forma irregular benefícios de aposentados, recebendo assim milhões de reais por mês, essa foi a surpresa da também pensionista Francisca da Silva de Souza, de 72 anos.
A senhora que é viúva, residente da periferia de Fortaleza, analfabeta e manicure para complementar a renda com a sua aposentadoria, descobriu que o documento que ela assinou achando ser um empréstimo, na verdade era pra se tornar laranja da fraude do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Francisca agora busca justiça, processando a entidade a qual se tornou presidente sem ter consciência.
A Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (AAPEN),que tinha quase 429 mil associados, é investigada na fraude do INSS. Em maio de 2024, a entidade descontou mensalidades diretamente do salários dos aposentados de forma irregular, recebendo milhões de reais por mês.
Segundo a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), que deflagraram o esquema, a fraude do INSS pode ter gerado um prejuízo de até R$6 bilhões a milhares de aposentados.
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Nesta semana, o Congresso instalou a CPMI da Fraude do INSS, a comissão tem a responsabilidade de apurar o escândalo e identificar os culpados pelo esquema que foi descoberto em abril deste ano.
Os aposentados e pensionistas que foram alvos de descontos indevidos relacionados a fraudes começaram a receber seus reembolsos no dia 24 de julho.
