Reservatórios da Grande SP registram menor nível desde crise hídrica de 2015, alerta Sabesp

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Os reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo alcançaram o menor nível registrado desde a severa crise hídrica de 2014 – 2015. Na última quarta-feira (20), o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), composto por sete mananciais, estava com apenas 39,6% da capacidade total.

A diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Sabesp, Samanta Souza, afirmou, em entrevista ao Terra, que este é o menor volume acumulado dos últimos dez anos e lembrou que, durante a crise, o nível chegou a 11,8%. Ela também destacou que o cenário atual é diferente, graças a obras estruturantes realizadas nos últimos anos, como o Sistema São Lourenço, a interligação Jaguari – Atibainha, e a ampliação dos sistemas Guarapiranga e Rio Grande, que aumentaram a segurança no abastecimento.

Esse é o nível mais baixo do reservatório desde a crise hídrica de 2015. / Foto: Marco Ambrosio/ AtoPress/Estaão Conteúdo

Apesar do alerta com os baixos níveis, tanto a Sabesp quanto o governo descartam risco iminente de racionamento e desabastecimento, ressaltando que a operação integrada entre os mananciais oferece flexibilidade. No entanto, a Sabesp reforça o apelo à população: “pequenas atitudes no dia a dia ajudam a garantir água para todos”.

A estiagem prolongada também agrava o quadro. Em julho, choveu apenas 27% da média histórica, o que reduziu significativamente a reposição natural dos reservatórios. A expectativa é de recuperação parcial com o retorno das chuvas, esperadas entre outubro e março.

Essa situação representa um alerta para a necessidade de ações conjuntas. Embora as soluções técnicas tenham fortalecido a resiliência do abastecimento, o cenário reforça a urgência de campanhas eficazes de conscientização e da manutenção dos investimentos na infraestrutura hídrica da região.

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