Supremacia branca é ‘ameaça transnacional’, alerta secretário-geral da ONU

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‘Q Shaman’, supremacista branco da extrema-direita dos EUA

Fonte: Agência Reuters

Antônio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), alertou nesta segunda-feira que a supremacia branca e os movimentos neonazistas se tornaram “uma ameaça transnacional” e têm explorado a pandemia de Covid-19 para aumentar sua base de apoio. Em discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, Guterres afirmou que o perigo de grupos guiados pelo ódio cresce diariamente.

“A supremacia branca e os movimentos neonazistas são mais do que ameaças de terrorismo doméstico. Eles estão se tornando uma ameaça transnacional. Hoje, esses movimentos extremistas representam a ameaça número um à segurança interna em diversos países”.disse Guterres

Nos Estados Unidos, tensões raciais aumentaram durante o turbulento mandato do republicano Donald Trump. Seu sucessor, o democrata Joe Biden, afimou que a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump, no dia 6 de janeiro, foi realizada por “bandidos, rebeldes, extremistas políticos e supremacistas brancos.”

“Com muita frequência, esses grupos de ódio são aplaudidos por pessoas em posições de responsabilidade de formas que eram impensáveis há pouco tempo. Precisamos de ação coordenada global para derrotar esse perigo grave e crescente”, disse afirmou Guterres.

A chilena Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, apresentará ao Conselho, no dia 18 de março, um relatório sobre o racismo sistêmico contra afrodescendentes. A investigação global foi iniciada depois do assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco que o asfixiou por nove minutos em Minneapolis, nos EUA, em maio do ano passado.

“Com muita frequência, esses grupos de ódio são aplaudidos por pessoas em posições de responsabilidade de formas que eram impensáveis há pouco tempo. Precisamos de ação coordenada global para derrotar esse perigo grave e crescente”.

declarou Gutieres.

A chilena Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, apresentará ao Conselho, no dia 18 de março, um relatório sobre o racismo sistêmico contra afrodescendentes. A investigação global foi iniciada depois do assassinato de George Floyd, um homem negro, por um policial branco que o asfixiou por nove minutos em Minneapolis, nos EUA, em maio do ano passado.

Guterres alertou para o poder das plataformas digitais e o uso abusivo de dados:

“Eu peço a todos os Estados-membros que coloquem os direitos humanos no centro de suas legislações sobre o desenvolvimento e o uso das tecnologias digitais. Precisamos de um futuro digital que seja seguro, equitativo e aberto e que não infrinja a privacidade nem a dignidade”, disse.

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