O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, “Oruam”, se entregou à Polícia Civil na última terça-feira (22), acompanhado por seus advogados, sua mãe e sua namorada. O delegado Felipe Curi, também secretário da Polícia Civil, comentou que o músico enfrenta acusações por associação ao tráfico de drogas, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato.
Antes de sua entrega, ele compartilhou um vídeo nas redes sociais afirmando que iria demonstrar que “não é bandido”. “A todos que me apoiam, estou indo me entregar, não sou bandido”, declarou na gravação. A tensão aumentou enquanto os policiais estavam colocando o menor em uma picape, que não era caracterizada. Foi quando Oruam começou a ofendê-los. “Delegado da Civil! Ei, Moysés! Você é um covarde! Filha da p…! Está tudo gravado! Você é um covarde!”, bradou o MC.

“Ele está sendo indiciado, no dia de hoje, por associação para o tráfico de drogas, por ligação direta dele com a facção criminosa Comando Vermelho. Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha. Gravou um vídeo que é uma confissão. Trata-se de um marginal faccionado ligado à facção Comando Vermelho. E desafiando as autoridades de segurança pública a irem até lá para fazer a captura dele”, disse Curi em entrevista a TV Globo.
De acordo com Curi, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) recebeu informações de que na residência de Oruam estava um jovem de 17 anos, conhecido como Menor Piu, que é considerado um dos principais ladrões de veículos do estado e também segurança do traficante Doca, o nome adotado por Edgar Alves de Andrade, um dos líderes do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro e “responsável” pelo Complexo da Penha.
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“Havia um mandado de busca e apreensão contra Menor Piu por diversos crimes [considerando que é um menor infrator]”, ressaltou o secretário. “Como já estava quase de madrugada, não podíamos entrar na casa dele. Permaneceu lá esperando movimentações. Ele saiu da residência e, já na via pública, foi abordado”, relatou Curi.