FIFA abriu investigação sobre denuncia de racismo Rudïger no Mundial de Clubes

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A Federação Internacional de Futebol (FIFA) confirmou através de nota oficial que abriu investigação disciplinar contra o zagueiro do Pachuca, Gustavo Cabral. A confirmação ocorreu na terça-feira (24), até então a entidade não havia se pronunciado oficialmente sobre a denuncia de racismo de Antonio Rudïger contra o argetino, Gustavo Cabral.

”Após uma avaliação dos relatórios da partida, o Comitê Disciplinar da Fifa abriu um processo contra o jogador do CF Pachuca Gustavo Cabral em relação ao incidente envolvendo ele e Antonio Rüdiger, do Real Madrid, durante a partida da Copa do Mundo de Clubes da Fifa disputada em Charlotte em 22 de junho”, disse a Fifa em nota.

Durante a semana, os jornais espanhóis apuraram que havia dificuldades em confirmar se houve ou não racismo pela falta de confirmação de provas em vídeo. De acordo com apuração do jornal “as” da Espanha, Rüdiger teria dito que foi chamado de “negro de mierda”, (negro de merda) por Cabral, que nega e diz ter chamado de “cagon de mierda”, covarde de merda em livre tradução. A FIFA tem dificuldade de concluir por não haver provas em vídeo.

O arbitro brasileiro, Ramon Abatti Abel ativou o protocolo antirracismo da FIFA ao cruzar os braços. Apesar de não haver confirmação em vídeo da ofensa racista o protocolo foi realizado de maneira correta pelo arbitro brasileiro, que sinalizou e paralisou a partida para analisar no VAR se houve ou não a ofensa.

O arbitro brasileiro, Ramon Abatti Abel ativou o protocolo antirracismo da FIFA ao cruzar os braços. A investigação avança – Foto: reprodução instagram.

A discussão entre os zagueiros ocorreu já no final do jogo entre Real Madrid x Pachuca pela fase de grupos do Mundial de Clubes. O Real Madrid vencia por 3×1 mesmo com um jogador a menos, mas mesmo assim, o clima do jogo estava quente, quando nos acréscimos numa discussão entre Rüdiger e Cabral, o zagueiro alemão do Real denunciou ter sido vítima de racismo de Cabral.

Já Cabral se defendeu e diz que não houve ofensa racista:

“Eu o chamei apenas de “covarde de m****”. Não houve nada de racismo. Nós dizemos isso na Argentina, só isso. Houve uma briga, eu levei um chute, ele disse que acertei ele com minha mão, discutimos, mas nada mais. O árbitro fez o gesto do protocolo, mas eu repetia a mesma coisa para ele: “covarde de m****”. Não há sanção para quem diz isso, é uma palavra, e ponto final. Ele estava me desafiando, dizendo “te vejo lá fora” e fazendo sinais de briga. Chegamos a discutir no túnel, mas não foi além disso”, afirmou Cabral em coletiva.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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