Vini Jr. volta a ser alvo de racismo na Espanha, dessa vez pelos torcedores do Atlético de Madrid

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O brasileiro Vini Jr, jogador do Real Madrid, foi vítima de racismo mais uma vez nos campos de futebol. O caso aconteceu na última quarta-feira (12), no Estádio Metropolitano, na Espanha, antes do apito inicial da partida decisiva da Champions League. Torcedores do Atlético de Madrid, time rival do jogador, proferiram ofensas a Vini Jr., gritando: “Olé, olé, Vinicius chimpanzé”.

Esse episódio se soma a demais outros caso em que o jogador foi alvo de racismo, na Espanha, de forma recorrente, desde que se juntou ao Real Madrid. Em fevereiro deste ano, em duelo contra o Real Sociedad, um torcedor fez um gesto racista para Vini Jr, imitando um macaco. 

A Lei Vini Jr. está em vigor e busca combater o racismo no esporte. O nome de Vini Jr foi utilizado em razão dos sucessivos casos de racismo sofridos pelo jogador /Foto: Agência Brasil/ Pablo Morano

Em 2023 o brasileiro foi ameaçado pelos torcedores do Atlético de Madrid que penduraram um boneco com a camisa de Vini Jr. em uma ponte, antes da partida com o Real Madrid. Ainda em 2023 torcedores do Valencia imitaram e fizeram sons de macaco, Vini reagiu e reclamou para o árbitro e então o jogo foi interrompido, mas logo depois retomado. 

Após críticas do jogador a LaLiga de futebol em lidar com essas questões, houve uma onda de apoio mundial ao brasileiro. Vini Jr tem sido uma das principais vozes na luta contra o racismo no esporte. Em dezembro de 2023 foi sancionada a Lei Vini Jr na Câmara Municipal de Curitiba e também na Paraíba, que estimula o combate ao racismo e discriminação nos estádios e ginásios.

Há também uma Lei Vini Jr no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, Paraná e Distriro Federal.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promoveu uma campanha contra o racismo sofrido por Vini e a LaLiga denunciou os insultos recebidos por Vini Junior entre o jogo do Real Madrid e Real Sociedad. A repercussão do caso pressionou as autoridades espanholas para que torcedores com atos racistas fossem presos e julgados. 

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Maria Eugênia Melo

Maria Eugênia Melo

Nortista, de Palmas capital do Tocantins. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins.

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