Banco Central divulga alterações no regulamento do pix com o objetivo de diminuir golpes

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Nesta quinta-feira (06), o Banco Central (BC) publicou alterações no regulamento do pix, que exigem que as instituições financeiras e de pagamento regularizem os nomes de pessoas físicas e jurídicas vinculadas à chaves pix de acordo com o registrado nas bases de CPF e CNPJ da Receita Federal. Em qualquer operação envolvendo uma chave pix, como o registro, a alteração de informações, reivindicação de posse ou portabilidade, torna-se obrigatória a verificação por parte das instituições.

De acordo com o BC, chaves de pix que não estejam regulares na Receita Federal deverão ser excluídas. Entre elas, CPFs com “situação cadastral suspensa, cancelada, titular falecido ou nula” ou CNPJ “suspenso, inapto, baixado e nulo” não poderão ter chaves pix. A iniciativa visa dificultar o número de golpes realizados com nomes divergentes dos registrados na base da Receita. A ação será fiscalizada pelo BC e poderá resultar em aplicação de penalidades para as instituições que não cumpram com o exigido, além da atuação direta do órgão para detectar irregularidades.

O pix tem 836 milhões de chaves cadastradas, sendo mais de 795 milhões delas de CPF /Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Como parte da iniciativa, o Banco Central proibiu que sejam realizadas alterações de informações relacionadas a chaves aleatórias ou que chaves de e-mail sejam reivindicadas. A partir da decisão, a chave aleatória deverá ser excluída e uma nova chave deve ser criada, com as informações atualizadas. O mesmo se aplica para chaves e-mail, que não poderão mais ser alteradas ou cedidas para outro proprietário. Somente as chaves de tipo número de celular poderão ser alteradas em caso de mudança de proprietário, como o caso do pré-pago.

A última medida divulgada pelo BC visa autorizar que dispositivos de acesso não cadastrados possam realizar a devolução de qualquer valor, visto que acontecem situações de devolução de pix enviados de maneira incorreta. Antes disso, estava em vigor a medida que restringia a R$ 200,00 por dia a transações de pix em dispositivos de  acesso não cadastrado.

Em nota, o Banco Central afirmou que “é importante salientar que as medidas aprovadas não irão mudar em nada a forma como as pessoas e as empresas fazem ou recebem Pix. Elas são medidas operacionais, que trazem mais exigências de segurança para os participantes, a fim de combater as fraudes no Pix. A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e é entendida como um processo contínuo. Em função disso, o BC atua de forma permanente para garantir a manutenção do elevado patamar de segurança do Pix“.

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Êmily Reis

Êmily Reis

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa em 2025, possui experiência em assessoria de imprensa, organização de eventos e comunicação institucional pela mesma Universidade. Atualmente, atua como jornalista em uma rádio local da cidade de Ponte Nova.

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