Starbucks é processada nos EUA por políticas de contratação de diversidade e inclusão

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Missouri alega em processo que Starbucks não recruta funcionários qualificados por conta da política de diversidade e inclusão

O estado de Missouri, nos Estados Unidos acusou a rede de cafeterias Starbucks de adotar “práticas de contratação baseadas em raça e sexo”. A ação contra a empresa foi feita pelo tribunal federal de St. Louis, EUA, na última terça-feira (11), que alega que as políticas de contratação do Starbucks tornaram o serviço mais lento e caro para os consumidores, porque a empresa não está recrutando os trabalhadores mais qualificados.

Na queixa apresentada pelo procurador geral, Andrew Bailey, o Missouri, acusa a rede de cafeterias de vincular a remuneração dos executivos ao cumprimento de cotas de contratação baseada em raça e gênero, que violam leis federais e estaduais. O processo também acusa a empresa de usar o comprometimento com diversidade, equidade e inclusão como pretexto para ‘discriminação sistemática com base em raça, gênero e orientação sexual’.

Starbucks é processada nos EUA por suposta discriminação de raça e orientação sexual /Foto: Pexels

O procurador-geral alegou no documento que são “mero pretexto para seu real comprometimento com a discriminação ilegal”. Na ação consta que “as políticas do Starbucks prejudicam muitos moradores do Missouri que trabalham ou gostariam de trabalhar na rede”, assim como argumentos de críticos de políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), que afirmam que os empregadores devem tomar suas decisões de contratação com base apenas no mérito, sem considerar raça, cor, gênero e outras categorias legalmente protegidas.

O Starbucks afirmou em declaração dada ao CBS NEWS que “discorda do procurador-geral, e essas alegações são imprecisas e que a rede está profundamente comprometida em criar oportunidades para cada um de seus parceiros (funcionários), além dos programas e benefícios serem abertos a todos e legais”.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou uma ordem dando fim a programas de diversidade, equidade e inclusão dentro do governo federal, assim que tomou posse em janeiro de 2025. O procurador-geral dos EUA encorajou o setor privado a acabar com discriminações e preferências ilegais, incluindo DE&I. Após tais declarações dos republicanos, muitas empresas começaram a revogar as iniciativas de diversidade, incluindo Meta, McDonald`s e Google.

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Nathalia Ferreira

Nathalia Ferreira

Jornalista com pós-graduação em Social Media e MBA em Digital Business. Possui experiência em comunicação digital e corporativa, social intelligence e social media. Atualmente é consultora de comunicação em consultoria de diversidade étnico-racial. Seu propósito é impulsionar ações de impacto social através da comunição.

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