Quase metade dos brasileiros gasta entre R$ 220 e R$ 440 por mês para se alimentar no trabalho

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Quase metade gasta entre R$ 220 e R$ 440 por mês para se alimentar no trabalho - Foto: Pexels

Uma pesquisa do Instituto QualiBest, intitulada Panorama da Alimentação no Trabalho, revelou que 45% dos profissionais brasileiros gastam entre R$ 220 e R$ 440 por mês para se alimentar durante o expediente. Este valor representa a faixa intermediária de gastos apontada no estudo. Por outro lado, 23% dos trabalhadores afirmaram não ter nenhum gasto com alimentação no trabalho, enquanto 18% disseram gastar entre R$ 450 e R$ 660 mensalmente.

A pesquisa destaca que muitos brasileiros têm buscado alternativas para reduzir despesas, e uma delas é a preparação de marmitas. Atualmente, 42% dos profissionais optam por levar a própria comida, priorizando economia e maior controle sobre a alimentação.

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Quase metade gasta entre R$ 220 e R$ 440 por mês para se alimentar no trabalho – Foto: Pexels

O aumento dos gastos com alimentação fora de casa reflete diretamente no orçamento das famílias. Segundo um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alimentação compromete, em média, cerca de 20% da renda mensal do trabalhador brasileiro. Dados históricos mostram que esse percentual cresceu nas últimas décadas, impulsionado pela inflação dos alimentos, aumento dos preços de serviços em restaurantes e mudanças nos hábitos de consumo.

Um estudo do Instituto Foodservice Brasil (IFB) aponta que o setor de bares e restaurantes movimenta, anualmente, cerca de R$ 250 bilhões no país, representando 2,7% do PIB nacional. Esse mercado é sustentado principalmente por consumidores das classes A e B, que gastam proporcionalmente mais com alimentação fora de casa.

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Desafios para se alimentar nas classes mais baixas

Para as classes C, D e E, a alimentação fora de casa representa um desafio maior. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a alta nos preços de refeições e lanches reduziu significativamente o número de clientes dessas classes, que têm priorizado o consumo doméstico. Além disso, os recentes reajustes salariais não acompanharam a inflação alimentar, dificultando ainda mais o acesso a refeições fora do lar.

A prática de levar marmitas para o trabalho tem se consolidado como uma solução viável para muitas famílias. Além de reduzir os gastos, a prática permite maior controle nutricional e flexibilidade na escolha dos alimentos. A popularidade dessa opção também impulsionou o mercado de itens como recipientes térmicos e bolsas específicas para transporte de alimentos.

Impactos no bem-estar do trabalhador

A alimentação tem impacto direto na produtividade e no bem-estar dos profissionais. Uma dieta equilibrada, mesmo que preparada em casa, pode melhorar a disposição, o foco e a saúde geral do trabalhador, reduzindo, inclusive, o risco de afastamentos por problemas de saúde.

Diante de um cenário econômico desafiador, entender e planejar os gastos com alimentação se torna uma estratégia fundamental para o trabalhador brasileiro, especialmente para aqueles que buscam equilibrar qualidade de vida e orçamento.

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