Professores são indiciados por racismo após imitarem macacos em roda de samba no Rio de Janeiro

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A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou, na última quarta-feira (20), dois professores, um brasileiro e uma argentina, sob suspeita de prática de racismo. Thiago Martins Maranhão e Carolina de Palma foram flagrados em julho realizando gestos considerados racistas durante uma roda de samba na região central do Rio de Janeiro.

O episódio ocorreu em um evento oficial do circuito de rodas de samba do Rio, predominantemente frequentado e organizado por pessoas pretas. A dupla foi filmada imitando macacos, o que gerou indignação entre os presentes e repercussão negativa nas redes sociais.

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Thiago Martins Maranhão e Carolina de Palma estavam presentes na roda de samba PedeTeresa, realizada na Praça Tiradentes – Foto: Reprodução

Em depoimento, Thiago e Carolina negaram que seus gestos tivessem conotação racista. Ambos alegaram que estavam envolvidos em uma atividade de “dança criativa” e que, além de imitar macacos, representaram outros elementos, como caranguejos, pássaros, elefantes, e até uma árvore.

Contudo, as investigações conduzidas pela polícia descartaram a justificativa dos professores. O inquérito policial, que será enviado ao Ministério Público, concluiu que as ações da dupla foram de natureza grave.

O ato praticado associou negativamente indivíduos ou grupos, especialmente em relação à população negra, uma vez que esse comportamento é carregado de uma história de racismo. A comparação entre pessoas negras e macacos foi amplamente utilizada para desumanizá-las e discriminá-las ao longo da história“, destacou um trecho do relatório da polícia.

O Fladem (Foro Latino-Americano de Educação Musical), organização que promove eventos educativos na região, publicou nota em julho informando que os professores não são associados à entidade.

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