Nos últimos 12 anos, o total de lares compostos por casais do mesmo sexo aumentou de 59.957 para 391.080, conforme os dados recentes do Censo 2022 divulgados na última sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com o Censo de 2010, que indicava 0,1% de casais homoafetivos, houve um aumento de cinco vezes, alcançando 0,54% em 2022. Os maiores índices estão no Distrito Federal (0,76%), seguidos pelo Rio Janeiro (0,73%) e São Paulo (0,67%).
Conforme o IBGE, em 2022, 57,5% dos filhos brasileiros eram compostos por um responsável e parceria ou união de sexo oposto, totalizando 41,7 milhões de domicílios. Esse percentual representa uma queda em comparação a 2010, quando era de 65,3%. Já os domicílios sem participação corresponderam a 41,9% do total no último Censo.
Nesta divulgação da pesquisa, os lares são identificados como unidades domésticas, que podem ser compostas por pessoas que moram sozinhas (unipessoais) ou por grupos de indivíduos conectados por laços de parentesco, dependência ou normas de convivência em domicílios particulares. Não se enquadram nessa categoria os domicílios coletivos, como asilos, presídios, hospitais e orfanatos.
Mulheres responsáveis por domicílios
Pela primeira vez, a proporção de mulheres responsáveis por lares no Brasil se igualou à dos homens. Dos aproximadamente 72 milhões de residências no país, 49,1% são chefiadas por mulheres, um crescimento significativo em comparação com 2010, quando essa proporção era de 38,7%. Os dados provenientes do Censo Demográfico 2022 foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
Em 10 estados, incluindo Pernambuco, Sergipe e Maranhão, as mulheres já superam os homens na responsabilidade pelos lares. A pesquisa revelou ainda que, em 29% dos lares onde as mulheres são responsáveis, há presença de um filho e ausência de participação, caracterizando-as como mães solo. Em contrapartida, entre os homens que são chefes de família, apenas 4,4% vivem a mesma situação de pais solo.
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