A Polícia Federal (PF) indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), pelos crimes de corrupção passiva e peculato. Ele é suspeito de envolvimento em esquemas de desvio de dinheiro público em mandatos anteriores, quando ocupava os cargos de vice-governador e vereador na capital fluminense, segundo dados do Uol.
Em dezembro de 2023, a Polícia Federal conduziu a Operação Sétimo Mandamento, que visou Vinícius Sarciá Rocha, o meio-irmão de Cláudio Castro. A operação, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), investigou suspeitas de fraudes em programas assistenciais no estado do Rio de Janeiro e resultou no indiciamento de Rocha.
Com a ação das autoridades, o político se torna o sétimo gestor estadual do território fluminense a ser denunciado. O Ministério Público Federal (MPF) por meio da Procuradoria Eleitoral (PRE-RJ), pediu nesta segunda-feira (06) a cassação do governador em maio deste ano.
Antes de assumir o cargo, Castro era vice-governador de Wilson Witzel (PMB), que governou o Rio de Janeiro de 2019 a 2021. Witzel sofreu um impeachment em 2021 após ser acusado de corrupção relacionada a contratos públicos.
Em nota, a defesa de Cláudio afirma que quer anular o relatório e diz que as “informações que sustentam a investigação são infundadas” e que “tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso”.
Governos anteriores
Outros dois governadores, Sérgio Cabral (MDB) e Luiz Fernando Pezão (MDB), também condenados, foram acusados de corrupção. Segundo a Justiça, Pezão, que era vice-governador de Cabral antes de assumir o cargo, teria continuado as práticas criminosas de seu antecessor.
Além disso, os governadores Anthony Garotinho (Republicanos) e Rosinha Garotinho (MDB) enfrentaram acusações de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsificação na prestação de contas eleitorais.
Além desses, o ex-governador Moreira Franco (MDB), que atuou nos governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), foi denunciado por corrupção e chegou a ser preso em 2019 durante as investigações da Operação Lava Jato.
Desde a redemocratização, apenas quatro governadores do Rio de Janeiro não foram presos ou afastados do cargo, sendo três deles de partidos de esquerda: Leonel de Moura Brizola (PDT), Nilo Batista (PDT) e Benedita da Silva (PT), o quarto governador que fecha a lista é o falecido Marcello Alencar (PSDB).
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