O comprimido Paxilovid, destinado ao tratamento da Covid-19, alcançou a distribuição de 2,5 milhões de comprimidos no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento é composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, embalados e administrados conjuntamente. Até o momento, o Brasil já registrou mais de 210 milhões de casos desde o início da pandemia, sendo 40.432 notificações apenas na semana epidemiológica 53, entre 27 de dezembro de 2023 e 02 de janeiro de 2024.
Segundo o Ministério da Saúde, todos os estados brasileiros estão sendo abastecidos com o medicamento. O Paxilovid é recomendado para adultos com Covid-19 que não requerem oxigênio suplementar, mas apresentam risco elevado de agravamento, como pessoas não vacinadas, idosos ou imunossuprimidos.
Recentemente aprovado pela Anvisa, o medicamento demonstrou, em estudos clínicos, redução de até 89% na possibilidade de hospitalização ou morte em comparação ao placebo, para pacientes elegíveis. O uso do Paxilovid não deve ocorrer sem controle e é necessário ter um teste positivo para Covid-19 antes de iniciar o tratamento.
O medicamento é direcionado a pacientes imunocomprometidos a partir de 18 anos e pessoas com mais de 65 anos, seguindo os critérios de priorização da vacinação. Apesar da aprovação da Anvisa, a vacinação continua sendo a melhor estratégia preventiva contra a Covid-19. Em 2024, o Brasil adotou uma estratégia de vacinação aprimorada contra o coronavírus.
O Ministério da Saúde passou a recomendar doses anuais ou semestrais para grupos prioritários com 5 anos de idade ou mais, que apresentam maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses recebidas anteriormente.
Além disso, neste ano, está prevista a vacinação de pessoas com mais de 5 anos, inclusive aquelas que não fazem parte dos grupos prioritários, mas que não foram previamente imunizadas ou receberam apenas uma dose. Esse público terá a oportunidade de iniciar ou completar o esquema primário, o qual consiste em duas doses, com um intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.
O enfoque em grupos de maior vulnerabilidade e a inclusão de indivíduos não previamente vacinados ou que receberam apenas uma dose contribuem para fortalecer a imunidade coletiva e mitigar os impactos da doença. O Paxilovid só deve ser utilizado nos casos indicados, com teste positivo para a doença, e alerta para a necessidade de pertencer ao grupo de risco de desenvolvimento da forma grave.
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O Ministério da Saúde informa que as unidades federativas serão responsáveis pela distribuição do medicamento aos municípios, com definição dos serviços nos quais estará disponível.