A empresa petroquímica Braskem, que é responsável pela mina que causou afundamento do solo em Maceió e deixou 55 mil pessoas desalojadas, está entre as empresas selecionadas para participar do Pavilhão Brasil na COP 28, que é a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 que começou na última quinta-feira (30), em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
No site da Braskem é possível ver frases que demonstram feitos sustentáveis da empresa e logo na página inicial está escrito: “Reduzimos em mais de 17% a intensidade de emissões de gases de efeitos estufa entre 2008 e 2020” e afirma ter atingido “72% de cumprimento do Plano de Adaptação às mudanças climáticas”.
A Defesa Civil de Alagoas decidiu manter o alerta máximo para risco de colapso na mina da Braskem em Maceió nesta segunda-feira (04). O ritmo de afundamento do solo chegou a média de 0,3cm por hora nesta semana, o solo já cedeu cerca de 2 metros, causando rachaduras em moradias em três bairros da região.
Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) concluiu que as rachaduras nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro tiveram como principal causa a extração de sal-gema, que é um tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Desde então, cerca de 55 mil famílias foram obrigadas a deixar suas casas.
Sobre a COP 28
Nesta quinta-feira (30), teve início a COP 28 em Dubai. A Braskem junto com outras empresas como a Vale, Syngenta e Petrobras, campeãs do capitalismo verde, consciente e sustentável. irá compor o Pavilhão Brasil, durante o evento que acontecerá até o dia 12 de dezembro. O grupo foi escolhido por integrantes do governo, sociedade civil e setor privado.
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