Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam que as denúncias do crime de stalking, quando uma pessoa persegue e ameaça outra tanto virtual quanto pessoalmente, teve um aumento de 2021 para 2022. No ano passado, foram registrado mais de 150 casos por dia, com mais de 50 mil mulheres vítimas desse crime, em todo o país. São Paulo é a cidade que mais registrou aumento, aponta a pesquisa.
No ano retrasado, foram registrados em média 115 casos por dia, de perseguição a mulheres. Já no ano passado, as denúncias passaram para 155. O estudo aponta que de janeiro a dezembro, foram feitos 56.560 registros, enquanto que de abril a dezembro de 2021, foram registrados 31.389 denúncias. O stalking só passou a ser considerado crime no Brasil, em abril de 2021.
Antes da lei de stalking ser sancionada no dia 31 de março de 2021, os casos eram registrados como contravenção ou perturbação. Agora, reconhecido como um crime que pode acontecer no mundo físico ou virtual, e mais comum contra mulheres, a pena varia entre seis meses até dois anos. Se a vítima for mulher, pode chegar a três anos.
São Paulo apareceu no topo da lista, com mais de 17 mil casos, em segundo lugar aparecem na lista Rio Grande do Sul (5.424), Paraná (4.801), Santa Catarina (3.313) e Minas Gerais (3.114).
Em abril um levantamento feito pela Globonews com os dados fornecidos pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, apontam que os estados da região Sudeste apresentaram o maior número de denúncias, com 29.469 (46.17%), seguidos da região Sul, com 14.389 (22.54%).
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