O papa Francisco expressou neste domingo (13) sua “dor” pelos milhares de migrantes que morreram neste ano nos naufrágios no Mar Mediterrâneo.
Durante a celebração do Angelus, o líder da Igreja Católica afirmou que essa situação “é uma ferida aberta na humanidade”.
“Com dor e vergonha devemos dizer que, desde o início do ano, quase dois mil homens, mulheres e crianças já morreram no Mediterrâneo tentando chegar à Europa”, lamentou o religioso.
O Pontífice também voltou a pedir que as “forças políticas e diplomáticas” possam resolver o problema.
“Encorajo que os líderes possam procurar curar isso com solidariedade e fraternidade, assim como o compromisso de todos aqueles que trabalham para prevenir naufrágios e resgatar as pessoas”, acrescentou.
A rota migratória do Mar Mediterrâneo Central, entre o norte da África e o sul da Itália, registrou entre janeiro e julho o maior número de travessias desde 2017, em mais um sinal do agravamento da crise humanitária na região.
A Itália já contabiliza 94,8 mil chegadas entre 1º de janeiro e 10 de agosto, número 110% maior que no mesmo período do ano passado.
Leia também: Papa denuncia que norte da África é maior cemitério de migrantes